Começou às 9h desta terça-feira (12) o júri popular da mulher acusada de dopar e matar com 36 facadas o empresário Gustavo Alberto Sagaz, de 34 anos. Ele foi assassinado em 27 de agosto de 2023 e encontrado nas dunas da Praia do Moçambique, em Florianópolis, dois dias depois.
Camila Fernanda Franca Pereira era companheira da vítima e foi presa um mês após o crime. Segundo a investigação, a mulher tinha como objetivo conseguir o valor de seguro de vida e ficar com os bens da empresa e do casal.
Ela foi presa em 22 de setembro no bairro Ingleses, onde morava com Sagaz e responde por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
A motivação para o crime seria desentendimentos relacionados à administração financeira da empresa familiar de propriedade do casal, especialmente em razão de dívidas contraídas e ocultadas por Camila, conforme a denúncia.
Ela ainda teria como objetivo conseguir o valor de seguro de vida e ficar com os bens da empresa e do casal.
Procurada pela NSC TV, a defesa de Camila disse estar confiante e que novas situações vão ser trazidas à tona durante o julgamento.
Sagaz era proprietário de uma empresa de terraplanagem na região, serviço que prestava desde a adolescência, quando começou a ajudar o pai no trabalho. A família do empresário é bastante conhecida na região do Norte da Ilha de Santa Catarina.
O empresário e Camila tiveram dois filhos, um menino de 5 anos e uma menina, de 3. Desde a prisão da mulher, os filhos estão com os avós paternos, segundo familiares.
Cronologia do crime
Sagaz ficou desaparecido por um dia e foi encontrado em 29 de agosto. Inicialmente, a mulher havia afirmado que a vítima havia saído para comprar uma peça de caminhão em Rio do Sul, no Vale do Itajaí. No entanto, segundo a investigação da Polícia Civil, o empresário não deixou a região do Norte da Ilha.
Além disso, a caminhonete da vítima esteve na praia do Moçambique na manhã do dia que foi achado. O carro entrou no parque do Rio Vermelho às 6h56 e saiu às 7h41.
"Há fortes indícios que revelam que a vítima não saiu da sua residência no dia 28 de agosto, bem como que Camila Fernanda Franca Pereira mentiu em seu depoimento prestado à autoridade policial, sendo bastante plausível a hipótese de que o ofendido foi morto em sua residência e posteriormente seu corpo foi transportado no próprio automóvel até o local que foi encontrado", afirma o MPSC em despacho.
Após o enterro de Sagaz, segundo a investigação, a caminhonete da vítima foi levada para um estabelecimento de lavação automotiva.
"Acrescenta-se a isso a informação e que a varredura toxicológica apontou a presença de clorfeniramina no sangue do ofendido, que é um medicamento anti-histamínico com efeito colateral comum de sonolência".
Fonte: G1
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