Se você já passou pela sensação estranha de estar adormecendo e, de repente, sentir que está caindo, saiba que não está sozinho. Esse fenômeno, conhecido como espasmo hípnico ou sobressalto noturno, é algo que acontece com muitas pessoas e pode ser explicado pela ciência do sono.
Mas afinal, o que causa essa sensação de queda? É um problema grave? Precisa de tratamento? Vamos responder a essas e outras perguntas neste artigo.
O que é o espasmo hípnico?
O espasmo hípnico é um movimento involuntário e repentino que ocorre na transição entre a vigília e o sono. Ele pode ser acompanhado de uma sensação de queda, sobressalto, espasmo muscular e até de um breve sonho ou alucinação.
Essa experiência geralmente não dura mais do que alguns segundos e pode ser mais intensa em algumas noites do que em outras. Apesar de ser assustador para algumas pessoas, na maioria dos casos, trata-se de um fenômeno benigno e inofensivo.
Por que sentimos que estamos caindo ao adormecer?
Embora os cientistas ainda não tenham uma resposta definitiva, há algumas teorias sobre o que causa essa sensação. Confira as principais:
Desaceleração do corpo – Quando começamos a adormecer, o cérebro reduz sua atividade e nossos músculos relaxam. Algumas áreas do cérebro podem interpretar essa transição como uma queda, o que faz com que enviem um sinal para os músculos se contraírem rapidamente.
Resposta ao estresse e à ansiedade – Pessoas que sofrem de estresse ou ansiedade têm mais chances de experimentar espasmos hípnicos. Isso ocorre porque o sistema nervoso pode estar mais sensível e hiperativo, tornando a transição para o sono mais abrupta.
Atividade cerebral irregular – Durante a fase inicial do sono, algumas áreas do cérebro ainda estão ativas. Isso pode fazer com que o sistema motor dispare sinais errados, levando ao espasmo.
Fatores externos – O consumo excessivo de cafeína, nicotina e álcool pode aumentar a frequência dos espasmos, assim como privação de sono e uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir.
O espasmo hípnico é perigoso?
Na maioria dos casos, os espasmos hípnicos são completamente normais e não representam risco à saúde. No entanto, se essas sensações forem muito frequentes ou estiverem acompanhadas de outros sintomas, como insônia severa, falta de ar ou dor no peito, é recomendável procurar um médico especialista em sono.
Distúrbios do sono, como a apneia do sono e a síndrome das pernas inquietas, podem estar associados a episódios frequentes de espasmos noturnos e devem ser avaliados por um profissional.
Como evitar a sensação de queda ao dormir?
Se você quer reduzir a frequência dos espasmos hípnicos, algumas mudanças na rotina podem ajudar. Veja algumas dicas:
Evite cafeína e nicotina à noite – Essas substâncias estimulam o sistema nervoso e podem dificultar o relaxamento.
Mantenha uma rotina de sono regular – Tente dormir e acordar sempre nos mesmos horários para evitar desequilíbrios no ciclo do sono.
Reduza o estresse antes de dormir – Técnicas como meditação, respiração profunda e alongamento podem ajudar a relaxar o corpo e a mente.
Evite o uso excessivo de eletrônicos antes de dormir – A luz azul emitida por celulares, tablets e computadores interfere na produção de melatonina, o hormônio do sono.
Crie um ambiente propício ao sono – Um quarto escuro, silencioso e com temperatura agradável favorece um sono mais tranquilo e sem interrupções.
Conclusão
A sensação de queda ao adormecer pode ser desconfortável, mas, na maioria das vezes, é completamente normal. Entender os fatores que contribuem para esse fenômeno pode ajudar a minimizá-lo e melhorar a qualidade do seu sono.
Se os episódios forem frequentes ou impactarem sua qualidade de vida, procure um médico especialista para avaliar seu padrão de sono e garantir que tudo está bem.
Fonte: RICtv
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