O contraste gerado pelo Rio Iguaçu ao desaguar no Rio Paraná tem chamado a atenção de quem visita tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. O fenômeno é chamado de "confluência de águas".
Por questões como temperatura, densidade e fluxo, as águas do Rio Iguaçu ganham um tom marrom desde o fim de semana devido às chuvas que atingiram o Paraná nos últimos dias. Enquanto isso, o Rio Paraná (água de tom esverdeado) está com o volume do leito dentro da normalidade.
Esse aumento na vazão foi sentido nas Cataratas do Iguaçu que chegou a 8,9 milhões de litros por segundo na terça-feira (10). O normal é 1,5 milhão. Nesta quarta-feira (11), a vazão está em 7,3 milhões de litros de água por segundo.
O Rio Iguaçu, que banha as Cataratas do Iguaçu, nasce na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e segue no sentido leste oeste no estado do Paraná. Cerca de 20 km após passar pelas quedas, o Rio Iguaçu deságua no Rio Paraná.
O Rio Paraná, que é represado pela usina de Itaipu, nasce na região do triângulo mineiro e faz fronteira natural entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, até chegar na região da tríplice fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai. Após passar pela usina, o leito do rio Paraná é encontrado pelo Rio Iguaçu e segue sentido Paraguai.
A "separação" estre as águas dos rios ocorre, segundo especialistas, porque o Rio Iguaçu (com cor marrom) é mais frio e menos denso do que o Rio Paraná (mais esverdeado), o que cria uma barreira física que dificulta a mistura imediata.
Os especialistas afirmam, no entanto, que nem sempre é possível ver com clareza a divisão, como por exemplo, em épocas de cheias ou inundações, quando os rios podem se misturar mais facilmente, devido ao aumento repentino do nível, superando assim as diferenças de densidade e temperatura.
Neste caso dos rios Iguaçu e Paraná, a diferença das cores fica ainda mais evidente, por conta da quantidade de sedimentos no Rio Iguaçu que está com fluxo mais intenso.
Fonte: G1
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