Os dois suspeitos de matar o vereador eleito João Garré (União Brasil), de Salto do Itararé, ficaram na região onde o crime aconteceu por pelo menos um dia, de acordo com a Polícia Civil (PC-PR).
Garré foi morto a tiros na madrugada de sábado (9) em Santana do Itararé, cidade vizinha da qual foi eleito. Quando foi assassinado, ele estava na casa dos pais, que são idosos e possuem defiência auditiva. Horas depois do crime, os suspeitos foram mortos em um confronto em Curitiba – a 321 quilômetros de distância do local do assassinato.
Os nomes dos suspeitos mortos não foram divulgados. A polícia não detalhou, também, possíveis motivações para o crime.
De acordo com o delegado Huarlei Oliveira, João estava cuidando dos pais. Segundo as investigações, os suspeitos invadiram a residência e enquanto um deles entrou, o outro ficou em frente ao local.
Dentro da casa, João foi atingido com pelo menos quatro disparos na região do tórax. Os dois suspeitos fugiram em seguida.
A esposa do político disse à polícia que encontrou Garré morto minutos após o crime. Os pais do político relataram que estavam na casa, mas não escutaram os tiros.
João Garré foi eleito vereador em Salto do Itararé em outubro, com 133 votos. Ele assumiria o cargo em janeiro de 2025. Seria o segundo mandato dele como vereador. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Garré foi eleito pela primeira vez em 2004.
Após o crime, a Polícia Civil identificou que os suspeitos fugiram para a capital. Um vídeo mostra o carro que os homens utilizaram deixando o local do crime.
Ainda no sábado, durante a tarde, a Polícia Militar do Paraná (PM-PR) localizou os suspeitos no bairro Uberaba, no mesmo veículo. A PC disse que eles e os militares entraram em confronto, e os suspeitos acabaram mortos.
A polícia não deu detalhes sobre a dinâmica do confronto, nem se algo eventualmente foi localizado com os suspeitos.
O g1 aguarda retorno da PM sobre o caso.
Comoção
A morte dele causou comoção nas redes sociais entre moradores das duas cidades.
O prefeito de Salto do Itararé, Paulinho (PSD), foi um dos primeiros a manifestar os sentimentos. Segundo ele, Garré era um grande amigo.
"É com profundo pesar que nos despedimos de João Garré (João Domiciano Neto), um grande amigo, irmão. Sua presença iluminava nossas vidas, e a saudade que deixa é imensurável. Que sua lembrança permaneça viva em cada um de nós. Vá em paz, querido, que Deus aqueça o coração de seus familiares e amigos neste momento de Sofrimento", diz.
O perfil do município de Salto do Itararé também publicou uma nota de pesar.
"Manifestamos nosso profundo pesar pelo falecimento do vereador eleito João Domiciano Neto. Nosso querido João Garré. João deixará uma marca inesquecível em todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Sua partida precoce nos entristece profundamente. Nossos sentimentos à família e amigos neste momento de dor", afirma.
Zé Izac (PT), prefeito da cidade em que o crime aconteceu, escreveu palavras de carinho e disse que o legado do vereador "permanecerá vivo".
"Com imenso pesar, nos despedimos de João Garré (João Domiciano Neto), cuja amizade e companheirismo foram verdadeiros presentes em nossas vidas. Sua partida deixa uma saudade profunda, mas também memórias cheias de afeto e alegria que sempre guardaremos com carinho. Que sua lembrança continue a iluminar nossos dias e a inspirar nossas ações. Neste momento de dor, rogamos para que Deus conforte o coração de seus familiares e amigos. Vá em paz, querido João, e saiba que seu legado permanecerá vivo entre nós", relata.
Fonte: G1
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