A Polícia Civil está avaliando se o vereador Miguel Zahdi Neto (PSD), mais conhecido como Neto Fadel, agiu em legítima defesa, se houve excesso de legítima defesa ou se ele cometeu homicídio doloso (com intenção de matar) em relação ao falecimento do empresário Guilherme de Quadros Becher, que foi baleado por Fadel.
A informação é do delegado Luiz Gustavo Timossi, responsável pelo caso. Ele divulgou o novo posicionamento após ouvir os familiares de Becher, na quarta-feira (27). Segundo o delegado, a versão da família do empresário tem algumas "divergências sensíveis" com a versão do vereador e dos familiares e amigos dele.
Fadel é presidente da Câmara Municipal de Castro, nos Campos Gerais do Paraná, e matou Becher a tiros na noite de 20 de novembro em Ponta Grossa, que fica a 48 km da outra cidade.
Segundo as informações divulgadas inicialmente pela polícia, com base no depoimento de Fadel e indícios encontrados no local, eles eram vizinhos em um condomínio de chácaras e trocaram pelo menos 15 tiros após um desentendimento por conta do barulho feito por crianças da família do político.
Fadel foi ouvido pela polícia na mesma noite, mas a família de Becher optou por agendar os depoimentos para esta quarta (27). Com base nas informações recebidas na noite em que tudo aconteceu, o delegado Timossi optou por liberar o vereador sem prendê-lo, por considerar, num primeiro momento, que ele agiu por legítima defesa.
Desde o início das investigações, o delegado afirma que aguarda os resultados da perícia das armas para confirmar a quantidade de tiros e o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) para atestar quantos atingiram Becher - para, então, definir se o inquérito continua considerando a legítima defesa, ou não.
Fonte: G1
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