O MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) denunciou Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, pelos crimes de descumprimento de medidas protetivas de urgência no âmbito de violência doméstica e familiar contra a mulher. A denúncia foi apresentada ao Poder Judiciário nesta quinta-feira (18).
O documento aponta que, em meados de abril de 2024, o influenciador teria descumprido, por três vezes, as medidas protetivas estabelecidas em favor da vítima, ex-companheira dele, nos termos da Lei Maria da Penha. A lei determina que é proibido qualquer contato com a mulher, seja por meio de mensagens ou exposição em redes sociais.
Segundo a denúncia, Nego Di usava suas redes sociais para divulgar conteúdos que mencionavam diretamente a vítima, revelando a existência das medidas judiciais e proferindo ofensas e depreciações à mulher.
Ainda de acordo com o MP, as publicações foram feitas de forma consciente e voluntária, permanecendo por dias disponíveis nas plataformas digitais. Para o órgão, as condutas atribuídas ao influenciador configuram crime previsto na Lei Maria da Penha, praticado em concurso material, com a incidência da agravante do Código Penal por se tratar de violência doméstica e familiar baseada no gênero.
A Promotoria de Justiça requereu o recebimento da denúncia, o regular prosseguimento da ação penal, a oitiva da vítima e das testemunhas arroladas e, em eventual condenação, a fixação de valor mínimo para reparação dos danos causados.
O promotor de Justiça completou ainda que os crimes de calúnia, difamação e injúria inicialmente apurados no inquérito policial são de ação penal privada, a qual a persecução depende de iniciativa da vítima, dentro dos prazos legais.
Relembre a prisão de Nego Di
Dilson Alves da Silva Neto, popularmente conhecido como Nego Di, e o empresário Anderson Bonetti, foram condenados a pena de 11 anos de prisão por estelionato no caso envolvendo a loja virtual "Tadizuera", onde vendiam produtos abaixo do valor de mercado, mas não entregavam as mercadorias.
Segundo a Justiça do Rio Grande do Sul, a condenação se trata dos crimes de estelionato praticados contra 16 vítimas da cidade de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O influenciador está em liberdade provisória desde novembro do ano passado, quando deixou a Penitenciária de Canoas depois de quatro meses preso. Desde que foi solto, Nego Di está morando em uma área nobre de Palhoça, na Região Metropolitana de Florianópolis.
Em dezembro do ano passado, a Justiça gaúcha autorizou que ele mudasse de estado, passando a morar em Santa Catarina.
Fonte: CNN
Foto: Reprodução/Redes sociais

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