Linha do tempo do Google ajuda a esclarecer morte de Danilo Bido

Foto: Reprodução/Ric RECORD Maringá

A ferramenta Linha do Tempo, do Google, auxiliou nas investigações sobre a morte do jovem Danilo Roger Bido, que saiu de casa de pijama e foi esfaqueado em Iporã, no Noroeste do Paraná. O dispositivo mostrou que o suspeito, que afirmou ser serial killer, esteve no horário e local do crime.

O suspeito, Diego Augusto de Lima Santos, de 24 anos, está preso desde o dia 5 de novembro e confessou em depoimento ter assassinado Danilo e outras três pessoas. No entanto, a Polícia Civil confirmou a autoria de Diego em duas destas mortes: contra José Antônio e Gilberto Lucca. Os três casos são apurados em inquéritos diferentes.

A defesa de Diego afirma que ele tem esquizofrenia paranoide, diagnosticada na infância, e sustentam que o transtorno pode levar a relatos distorcidos ou inventados. Os advogados informaram que vão pedir o reconhecimento de insanidade mental do seu cliente.

O inquérito foi concluído após três meses de investigação e encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR). Ele foi indiciado por fraude processual e homicídio qualificado (motivo torpe, fútil, meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima).

Diego afirmou ser serial killer em depoimento à Polícia Civil. O suspeito foi localizado após peritos identificarem impressões digitais no carro de uma das vítimas. Durante o depoimento, ao responder sobre o motivo do ataque contra Danilo, Diego declarou: “De nada. Puro prazer”.

O delegado responsável, Luã Mota, afirmou que o comportamento do preso chamou atenção. Em outro trecho do depoimento, Diego afirmou: “O buraco é mais embaixo do que você pensa, mano. Eu sou um serial killer. […] Esse foi meu erro… por isso que vocês me pegaram. Vocês me pegaram porque eu fui no carro pegar o celular. Eu estava com as luvas lá na blusa. Eu esqueci de pôr a minha luva”.

No dia 30 de agosto, Danilo Bido participou de um evento à noite e, por volta de meia-noite já do dia 31, ele foi embora para casa da mãe. Cerca de 30 minutos depois de ter chegado, ele avisou a mãe, já de pijama, que pegaria um carregador na casa de um amigo e saiu de carro.

Quando amanheceu o corpo dele foi encontrado em uma estrada rural de Iporã, a aproximadamente três quilômetros da casa da mãe. O corpo apresentava ferimentos de faca e foi encontrado a alguns metros do veículo da vítima. O celular dele havia desaparecido. 

Segundo o delegado Luã Mota, a versão de que Danilo buscaria um carregador com o amigo não era verdadeira e foi contada por ele próprio para não preocupar a mãe. “Era só um álibi para sair de casa. Não existiu essa história”, disse Mota.

Foram três meses de investigação, com 28 depoimentos, sendo que três amigos chegaram a ser considerados suspeitos. Laudo do Instituto Médico Legal comprovou que Danilo havia sido morto com 18 facadas. Um chip com o número telefônico da vítima foi clonado pela polícia para ajudar no rastreio de mensagens que ajudassem a polícia a encontrar o autor o crime.

Fonte: RICTV