Perder o celular em um furto ou roubo costuma parecer um prejuízo definitivo. Mas, para 1.150 paranaenses, essa história teve final diferente. Por meio do Projeto Recuperacel, a Polícia Civil do Paraná conseguiu localizar e devolver aparelhos ao longo de 2025 em várias cidades do Estado.
O objetivo do projeto é identificar, localizar e restituir celulares furtados ou roubados, fortalecendo a confiança da população no trabalho da PCPR e contribuindo diretamente para a redução dos crimes patrimoniais. Para isso, o Recuperacel utiliza tecnologias de rastreamento, cruzamento de dados e diligências especializadas, que permitem localizar os aparelhos e responsabilizar criminalmente os envolvidos.
Desde o lançamento, já foram realizados 11 eventos de devolução, tanto na Capital quanto no interior do Estado. A primeira entrega aconteceu em Cascavel, com 160 aparelhos recuperados. A maior ação foi registrada em Curitiba, em outubro, quando 421 celulares foram devolvidos em um único dia. As demais edições ocorreram nos municípios de Palmas, Maringá, São Mateus do Sul, Paranaguá, Apucarana, Foz do Iguaçu, Londrina, Guarapuava e Arapongas.
O delegado da PCPR, Diego Ribeiro Martins, explica que todo o trabalho começa com o registro do boletim de ocorrência, feito na delegacia ou pela internet, com a inclusão do número IMEI do aparelho.
"Essas informações são enviadas para uma base de dados interna e, a partir disso, utilizamos técnicas investigativas e inteligência policial para identificar quem está utilizando o celular. Após a identificação, a pessoa é intimada a comparecer à delegacia para entregar o bem. Caso fique comprovado que o aparelho foi adquirido de forma criminosa, a pessoa poderá responder por receptação culposa ou dolosa", explica.
Além da restituição dos celulares, o projeto também atua diretamente no combate à receptação e ao comércio ilegal, por meio do mapeamento de rotas de distribuição, identificação de pontos de receptação e rastreamento dos dispositivos.
"A ideia é identificar quem furtou, quem está receptando, quem transporta e quem distribui os aparelhos, reduzindo o lucro dos receptadores. Com isso, buscamos desarticular grupos especializados nesse tipo de crime e reprimir o mercado paralelo, desestimulando a prática de furtos e roubos", completa o delegado.
Emoção na hora da devolução
A reação das vítimas ao serem informadas sobre a recuperação dos celulares mostra o impacto positivo da iniciativa. Segundo o delegado, muitas pessoas se emocionam, já que os aparelhos costumam reunir informações pessoais, registros afetivos, dados bancários e ferramentas de trabalho.
Também são comuns os relatos de quem já havia perdido as esperanças de recuperar o telefone. Em todos os casos, as vítimas afirmam que o registro do boletim de ocorrência foi essencial para a restituição.
Orientação à população
A PCPR destaca que foi possível recuperar os celulares das vítimas que informaram corretamente o número do IMEI no momento do registro do BO — dado fundamental para o rastreamento dos aparelhos.
Quem ainda não informou o número pode comparecer à delegacia para complementar a ocorrência. Já quem ainda não registrou o furto ou roubo deve procurar a delegacia mais próxima. Em casos de furto, o BO também pode ser feito pelo site da PCPR.
O IMEI, composto por 15 dígitos, pode ser encontrado na caixa do aparelho, na nota fiscal ou nos dados da conta do Google ou iOS vinculada ao telefone.
Fonte: RICTV
Foto: CATVE

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