Morre aos 83 anos o dublador José Santana, voz de Chuck Norris, ALF, o ETeimoso e Os Simpsons

Reprodução

A dublagem brasileira perdeu um de seus grandes nomes. O ator e dublador José Santana, responsável por dar voz a personagens icônicos do cinema, da TV e da animação, faleceu no último domingo (7), aos 83 anos. A informação foi confirmada por perfis especializados em dublagem nas redes sociais, gerando grande comoção entre fãs e colegas de profissão.

Uma carreira de vozes inesquecíveis

Santana emprestou sua voz a astros como Chuck Norris, Danny Glover, Brian Cox (Logan Roy em Succession), Danny Trejo (Tio Machete em Pequenos Espiões), Carl Lumbly (Isaiah Bradley em Capitão América), Hector Elizondo (Jon Flint em Um Tira da Pesada) e muitos outros. Sua versatilidade permitia transitar entre personagens de ação, drama e comédia, criando interpretações marcantes para o público brasileiro.

Das rádios ao estúdio de dublagem

Natural de Resende (RJ), começou sua trajetória aos 15 anos, como locutor esportivo e radioator na Rádio Agulhas Negras. Na década de 1960, passou por rádios como Relógio, Eldorado e Guanabara, além de integrar a equipe da Rádio Nacional e da TV Tupi, no Rio de Janeiro.

Em 1972, ingressou no universo da dublagem e, quatro anos depois, assumiu a direção de dublagem na Herbert Richers, referência no setor. Até o início dos anos 2000, também atuou no canal de filmes Telecine, consolidando sua presença no mercado audiovisual.

Presença marcante nas animações

No universo da animação, sua voz ficou registrada em personagens como Willie Tanner (ALF, o ETeimoso), DOC (Todo Mundo Odeia o Chris), Grande Maester Mellos (A Casa do Dragão), Starscream (Transformers G1), Duke (Comandos em Ação), Gork (Hora de Aventura), Leão da Montanha, Shere Khan (Mogli — O Menino Lobo), Coringa (Batman do Futuro) e personagens de Yu Yu Hakusho.

Foi também a voz do diretor Seymour Skinner e de Tony Gordo em Os Simpsons. Além disso, eternizou a clássica chamada do desenho Super Amigos: “Enquanto isso, na sala da justiça…”.

Com mais de cinco décadas de carreira, José Santana deixa um legado inestimável para a cultura brasileira. Sua voz continuará presente na memória de gerações que cresceram ouvindo seu trabalho.

Fonte: O Fuxico