Megaoperação contra lavagem de dinheiro no setor de combustíveis cumpre 400 mandados e bloqueia bens de R$ 3,2 bilhões

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As três operações realizadas nesta quinta-feira (28) contra esquemas de lavagem de dinheiro ligados ao setor de combustíveis resultaram no cumprimento de mais de 400 mandados judiciais em pelo menos oito estados. Foram expedidos 14 mandados de prisão, centenas de buscas e apreensões, além do bloqueio e sequestro de bens avaliados em R$ 3,2 bilhões.

Segundo as investigações, os grupos criminosos movimentaram aproximadamente R$ 140 bilhões de maneira ilícita, usando o mercado financeiro e a economia formal para ocultar recursos de origem criminosa.

As ações — Quasar e Tank, da Polícia Federal, e Carbono Oculto, do Ministério Público de São Paulo — contaram também com apoio da Receita Federal. Como havia alvos em comum, os órgãos coordenaram esforços para realizar as operações de forma simultânea.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, classificou as medidas como "as maiores da história contra o crime organizado". O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, detalhou que a ofensiva resultou no sequestro de 1,5 mil veículos, 192 imóveis, duas embarcações, além de bloqueio integral de 21 fundos de investimento.

No Paraná, as investigações partiram de uma operação contra o tráfico de drogas iniciada em 2023, que revelou fraudes em toda a cadeia de combustíveis. Foram identificados depósitos fracionados, empresas de fachada, adulteração de combustíveis e utilização de fintechs como bancos paralelos para movimentar recursos ilegais.

Na operação Carbono Oculto, conduzida em São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto, a Justiça autorizou o sequestro integral dos fundos utilizados para blindagem patrimonial e determinou bloqueios que chegam a R$ 1,2 bilhão. A Receita Federal estima que o esquema envolvia cerca de mil postos de combustíveis espalhados por 10 estados, com movimentações de R$ 52 bilhões.

Fonte: Catve.com