Seis novilhas gêmeas nascem em propriedade de produção de leite no Paraná
Uma propriedade rural de produção de leite de Salto do Lontra, no sudoeste do Paraná, registrou o nascimento de seis novilhas gêmeas, em partos de três vacas diferentes. Os partos ocorreram em um intervalo de poucos dias. O caso é considerado raro por especialistas.
Segundo o histórico do aplicativo que gerencia o bem-estar dos animais da propriedade, as vacas tiveram gestação natural, ou seja, não foram inseminadas artificialmente.
O veterinário Roniel Paulo Santi, que há 30 anos atua no programa de acompanhamento de propriedades do município, disse que nunca tinha visto tantas novilhas gêmeas nascerem em sequência em uma única propriedade.
Para o profissional, o caso mostra a influência da genética dos animais, mas também da parte nutricional e de manejo da propriedade.
“Três partos duplos e todas fêmeas. Foi uma surpresa quando ficamos sabendo”, disse Roniel.
A dona da propriedade, Ester Bagio, comemorou os nascimentos. Para uma propriedade que trabalha com a produção de leite, a notícia foi sinônimo de sorte.
“Ter uma novilha para a gente é uma bênção mesmo. Quando vêm seis então, é maravilhoso”, comemorou a produtora rural.
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Apenas fêmeas
Nos três partos sequenciais registrados na propriedade, todos os nascimentos foram de fêmeas.
Segundo Edenilson de Souza, veterinário da cooperativa de leite que acompanha a propriedade de Ester, quando ocorre uma gestação em que nascem machos e fêmeas, a fêmea é infértil. De acordo com ele, não há uma explicação única para as vacas terem gerado novilhas gêmeas.
Segundo Ester, as novilhas que nasceram no primeiro parto são gêmeas idênticas, ou seja, resultado da divisão do mesmo óvulo fecundado.
Já as outras duas vacas tiveram gêmeas em placentas separadas. Nestes dois partos, entretanto, uma novilha de cada dupla não resistiu.
“Sempre acontece de uma nascer mais fraquinha. Tem o primeiro leite, que é o leite mais forte, [chamado] colostro. Às vezes uma mama mais e a outra mama menos. Acontece de uma ficar mais fraquinha. [Por isso,] a gente tem aquele cuidado de dividir o leite igualmente, cuidar para não ficar doente, banhar, jogar um produto para evitar bactéria. Tem que zelar mesmo, se não, infelizmente [podemos] perder o animal”, explica Ester.
Fonte: G1