Professor é preso suspeito de assediar alunas em colégio estadual cívico-militar do Paraná
Um professor de matemática de uma escola estadual de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, foi preso preventivamente nesta quarta-feira (18), acusado de assédio sexual e importunação sexual, segundo a Polícia Civil do Paraná.
Em 2021, três alunas do Colégio Cívico-Militar Frei Doroteu de Pádua denunciaram o caso, relatando, entre outras situações, que o professor chegou a passar a mão no corpo delas durante as aulas. Na época, ele foi indiciado pela polícia, que afirmou que o homem possui “histórico da prática de crimes da mesma natureza”, com denúncias de outros casos entre 2005 e 2013.
De acordo com a corporação, o pedido de prisão preventiva do professor, que atualmente tem 53 anos, foi realizado pela 16ª Promotoria de Ponta Grossa e deferido pela Juíza do Juizado De Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e Vara De Crimes Contra Crianças, Adolescentes e Idosos de Ponta Grossa.
A investigação foi realizada em 2021, pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria). A delegada Ana Paula Cunha afirma que, na época, as vítimas tinham 13 anos de idade.
“De acordo com as investigações, que foram concluídas naquele mesmo ano, o investigado foi indiciado pelos crimes de assédio sexual e importunação sexual. De acordo com as declarações das vítimas esse professor teria praticado atos libidinosos diversos da conjunção carnal, tais como: olhares lascívos, toques nos corpos das adolescentes, questionamentos sobre virgindade”, destaca.
Segundo ela, o homem colaborou com a ação policial e não resistiu à prisão, “apenas afirmou que é inocente das acusações”.
Atualmente, ele já é réu pelos crimes. O homem foi conduzido à Cadeia Pública Hildebrando de Souza, onde ficará à disposição da Justiça.
Professor denunciado por assédio sexual
Em 2021, algumas alunas procuraram a direção do colégio estadual, que informou que ouviu os relatos e acionou uma unidade do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) e o Núcleo Regional de Educação.
Na época, a delegada Ana Paula Cunha Carvalho, que apurou o caso, disse que ouviu as alunas e que pelo menos três delas decidiram denunciar formalmente o professor.
“Relatam que o professor tinha o costume de dar uma atenção muito maior às alunas, obviamente, do sexo feminino, que ele lançava olhares para elas e que, às vezes, até dizeres que constrangiam as meninas. Elas relatam também alguns toques no corpo”, disse.
Segundo a delegada, os relatos das estudantes “demonstram efetivamente a prática de crimes de assédio sexual e importunação sexual praticado pelo investigado”.
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Uma das alunas, conforme relatado pela polícia, contou que, em uma das situações, foi chamada em frente às carteiras da sala durante a chamada dos alunos e que, enquanto ela fazia a chamada, o professor passou a mão no corpo dela, em frente aos colegas de turma.
Ainda de acordo com a delegada, o professor possui “histórico da prática de crimes da mesma natureza”, com denúncias de outros casos entre 2005 e 2013.
Na época, o professor foi afastado das atividades.
Denúncias
Denúncias de assédio ou importunação sexual podem ser feitas pelos canais da Central de Atendimento à Mulher (180), pela Polícia Civil, Polícia Militar (PM) ou outros meios. Veja a lista completa.
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), a importunação sexual foi tipificada como crime em 2018.
O Código Penal determina que se enquadram no crime todas as situações em que há um ato libidinoso praticado contra alguém, sem a autorização da vítima, a fim de satisfazer desejo próprio ou de terceiro.
Fonte: G1