Pescadores encontram barco com vários corpos em avançado estado de decomposição
Foto: Reprodução
A embarcação com corpos encontrada no sábado (13) por pescadores no litoral do Pará é artesanal, não tem motor, leme, nem sistema de governo que possa identificar a origem, segundo o capitão dos Portos da Amazônia Oriental, Ewerton Calfa.
O barco começou a ser içado do rio na tarde desta segunda-feira (15) com ajuda de cabos de aço. Em seguida, vai seguir para o Instituto Médico Legal (IML), onde deve ser feito trabalho da perícia que deve durar a terça-feira. Em notas, a Marinha também informou detalhes da embarcação.
Os corpos, em avançado estado de decomposição, serão transportados dentro da embarcação por um um caminhão até o IML em Bragança.
“É uma embarcação aparentemente artesanal, devido ao material com que ela é feita, e não há nenhuma indicação no casco que permita, nesse primeiro momento, fazer uma ideia da origem”, afirma o capitão.
A Polícia Federal investiga a origem das pessoas encontradas dentro do barco, que estava à deriva. Também não há confirmação de quantas pessoas morreram, nem a causa das mortes.
Barco é retirado do rio para perícia
Polícia Federal, bombeiros, Marinha e outras autoridades concluíram o reboque da embarcação, do alto mar até um porto em Bragança, cidade do nordeste paraense distante cerca de 215 quilômetros da capital Belém.
O barco chegou à terra firme para início da perícia na noite de domingo (14) e ficou às margens.
A manhã desta segunda-feira foi de muitas tentativas para retirada da embarcação atracada no porto. Equipes passaram a noite tentando içá-la, mas sem sucesso. Foi preciso utilizar cabos de aço para tentar fazer a retirada.
Hugo Moura, subtenente do Corpo de Bombeiros, informou que o trabalho foi marcado pela dificuldade desde o domingo. “Foram necessárias quinze horas de reboque para conseguir trazer a embarcação para a margem”.
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Identificação das vítimas
Segundo Moura, a suspeita é que as vítimas sejam estrangeiras, mas a confirmação da nacionalidade só deve ocorrer após a perícia.
Assim que o barco for retirado do rio, os corpos serão encaminhados até a perícia científica de Bragança, onde passarão por trabalho de identificação usado para vítimas de desastres.
O protocolo de identificação é aplicado em casos de acidentes aéreos e desastres naturais, como ocorreu com as vítimas da tragédia de Brumadinho em 2019, por exemplo.
As técnicas de perícia usam amostras de DNA, características físicas, impressões digitais, registros odontológicos e objetos pessoais, já que os corpos estão em estado avançado de decomposição. A previsão é que o trabalho de perícia dure até terça-feira (16).
Após o processo de retirada dos corpos de dentro do barco, ele deve ser levado para Belém e ficar sob custódia da Marinha do Brasil para perícia a fim de tentar identificar a origem.
Fonte: G1