Sem acordo com o governo, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), vai discutir com líderes da Casa, em reunião nesta quinta-feira (29/5), a possível derrubada do decreto que aumentou o IOF.
Os projetos de deputados sobre o tema vêm sendo protocolados na Câmara desde a sexta-feira (23/5), após o governo Lula editar um decreto elevando as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras.
“Essa questão deve ser debatida na quinta, com todos os líderes”, disse Motta à coluna, em referência à reunião de líderes semanal, que ocorre às quintas-feiras.
Na noite da quarta-feira (28/5), Motta se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir o assunto. A reunião, porém, acabou sem acordo, com o governo dizendo não ter alternativas à alta do tributo.
Nos bastidores, lideranças do Centrão, grupo de partidos de centro que tem maioria no Legislativo, já dão como certo que a Câmara vai aprovar a derrubada do decreto do governo sobre IOF.
Segundo apurou a coluna, deputados de partidos como PSD, União Brasil, PP, Republicanos e PL, devem pressionar Motta a pautar logo um projeto para derrubar o aumento do tributo.
O IOF incide sobre operações de crédito, câmbio e seguro. A ideia inicial do governo seria arrecadar R$ 61,5 bilhões em dois anos com o aumento das alíquotas, sendo R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.
O decreto da equipe econômica provocou forte repercussão negativa no mercado financeiro. Por causa dessa repercussão, o governo decidiu revogar parte das mudanças anunciadas.
O Executivo revogou, por exemplo, o aumento do IOF sobre aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior. Originalmente, a alíquota para tal movimentação era zero.
Fonte: Metrópoles 
Karoline
Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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