O que a ciência diz sobre os impactos do bebê reborn na saúde mental?

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Os impactos do bebê reborn na saúde mental envolvem benefícios terapêuticos reconhecidos por especialistas. As bonecas realistas, que imitam bebês com riqueza de detalhes, vêm sendo utilizadas em tratamentos psicológicos, especialmente em casos de luto, depressão, ansiedade e demência.

A prática é chamada de “terapia com bebês reborn” e já é adotada em clínicas, hospitais e até residências como ferramenta complementar ao tratamento clínico tradicional.

Segundo estudo publicado no National Center for Biotechnology Information (NCBI), a interação com objetos realistas, como os bebês reborn, pode reduzir sintomas de ansiedade, aumentar a sensação de propósito e melhorar o humor, especialmente em pacientes idosos com Alzheimer.

Para pessoas em luto, principalmente mães que perderam filhos ou enfrentaram abortos espontâneos, a boneca pode funcionar como elemento simbólico de conforto. O processo permite ressignificar a dor e criar uma ponte para a retomada emocional com acompanhamento especializado.

Profissionais de psicologia utilizam os bebês reborn em terapias voltadas a pessoas com quadros depressivos, ansiedade crônica e síndrome do pânico. A boneca pode gerar uma resposta emocional semelhante à de cuidar de um bebê real, o que estimula sentimentos de empatia, responsabilidade e acolhimento.

Segundo a psicóloga clínica Maria Isabel Soares, especializada em saúde mental e perdas, o bebê reborn é um objeto de transição para lidar com o luto.

Apesar dos benefícios relatados, o uso do bebê reborn deve ser supervisionado por profissionais da saúde mental. O objeto pode gerar dependência emocional se usado sem acompanhamento psicológico adequado. Também é contraindicado em alguns quadros psicopatológicos que envolvam delírios ou confusão entre realidade e fantasia.

Fonte RICTV