A Polícia Civil está investigando uma mulher de Curitiba suspeita de aplicar golpes em mais de 70 pessoas no Paraná.
Segundo a corporação, a mulher, que se identifica como Thay, anunciava por meio do WhatsApp produtos eletrônicos por um preço muito abaixo do mercado, os vendia, mas não entregava as mercadorias.
Apesar dos 70 Boletins de Ocorrência (B.Os) registrados, a polícia acredita que o número de vítimas é ainda maior.
No início da semana, vítimas da suspeita invadiram um endereço no bairro Campo de Santana, na capital paranaense, indicado como a loja física aberta por ela. Eles levaram parte da mercadoria que encontraram no local.
De acordo com a polícia, a suspeita anunciava os produtos eletrônicos com ofertas atraentes em grupos de mensagens com milhares de pessoas. Thay postava vídeos e fotos mostrando a mercadoria e supostos clientes satisfeitos.
Uma das ofertas, por exemplo, era uma TV de 75 polegadas ou um celular de última geração por menos de R$ 300.
Uma das vítimas, que optou por não se identificar, conta que entrou no grupo após uma indicação de um colega de trabalho.
Querendo aproveitar as oportunidades, ele fez três pix, no total de R$ 2500, para comprar um vídeogame e um celular. A promessa é que ele receberia os itens em até dez dias, mas a mercadoria nunca chegou.
"Tentei descobrir contato. O Instagram dela está bloqueador, WhatsApp não existe mais. Eu estava guardando dinehiro para dar de presente agora no Natal para os meus filhos, mas acabou que perdi tudo. Nunca mais acreditar em preço tão exageradamente barato assim, a não ser em loja própria", afirma.
Depois que as vítimas notaram que a situação se tratava de um golpe, passaram a questionar a suspeita e a cobrar o dinheiro que desembolsaram.
No entanto, ela parou de responder as mensagens nos grupos. Os últimos recados enviados por ela não têm mais o tom cordial de outros tempos.
"Hoje é feriado, eu nem precisava trabalhar, e eu to me matando, como sempre. De domingo a domingo. Como vocês não sabem valorizar, todas as entregas de hoje estão extremamente canceladas, sem exceção, nenhuma. Todas estão canceladas, porque ninguém me respeita mais", disse em um dos vídeos enviados às vítimas.
"Eu estou muito cansada, totalmente esgotada, estou pensando seriamente, quem esperou até agora não vai morrer de esperar um dia a mais", diz a suspeita em outro.
Segundo a polícia, a hipótese é que Thay de fato entregasse alguns dos produtos para dar uma aparência de que as ofertas eram reais e, dessa forma, atrair mais vítimas.
Fonte: G1
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