Foto: Erlon Rodrigues/PCAM

Um advogado foi preso nesta segunda-feira (14) por suspeita de ter tentado abusar sexualmente da esposa de um homem que roubou o celular da mãe dele. O caso foi registrado em Coari, no Amazonas.

Segundo a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), o advogado, de 34 anos, deve ser indiciado pelos crimes de investigado de tentativa de estupro e tergiversação – quando o advogado faz um contrato com as duas partes contrárias.

Segundo o delegado da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, a vítima teria 20 anos e procurou o advogado para defender o marido dela, suspeito de ter roubado o celular da mãe do representante legal.

A jovem procurou o escritório do advogado em Coari, ocasião em que eles acertaram um valor de R$ 5 mil pelo serviço. No mesmo dia, o companheiro da vítima participou da audiência de custódia, onde a prisão em flagrante foi convertida em preventiva, e quem o defendeu foi um defensor público e não o advogado contratado pela jovem”, contou o delegado.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o advogado teria enganado a vítima e dito que o marido dela ainda não tinha sido julgado e que por isso aceitava representá-lo. O homem então pediu que ela fosse com ele até o escritório para acertar mais detalhes da assistência jurídica.

“Durante o caminho, ele ficou rodando com ela pela cidade, explicando que o companheiro dela não ia ficar preso, sendo que ele já estava com a prisão preventiva decretada e já tinha sido feita audiência de custódia. Em determinado momento, ele fez um movimento brusco e entrou em um motel, onde tentou abusar sexualmente da jovem”, prosseguiu o delegado.

Ao entrarem no motel, a vítima tentou fugir e chegou a lutar com o suspeito, que chegou a cometer atos libidinosos contra a vítima.

Mesmo com a abertura do processo criminal, o advogado ainda tentou ameaçar a vítima para que ela retirasse a denúncia.

“Durante as investigações, a vítima também procurou o Ministério Público do Amazonas (MPAM). Ela foi ouvida, apresentou toda a documentação e o Ministério Público requisitou a instauração do Inquérito Policial (IP). A jovem passou por exames de corpo de delito e de conjunção carnal, por meio dos quais foram constatadas lesões nas partes íntimas dela”, finalizou o delegado.

O advogado segue preso preventivamente e aguarda a decisão da Justiça para saber se responderá ao processo em liberdade ou detido.

Fonte: RICtv