Após 15 anos, resultados demonstram importância da Unila para o Brasil

Foto: Divulgação/Unila

A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) se consolida como a instituição de ensino superior brasileira com maior participação de estrangeiros em cursos de graduação. Conforme o último relatório anual da Unila, mais de 30 nacionalidades estão presentes nas salas de aula da instituição.

Entre os cerca de 2.600 alunos, além de brasileiros, destacam-se haitianos, paraguaios e colombianos. Destaca-se ainda, que a procura vem crescendo. Somente entre 2019 e 2023, houve um aumento de 82% no ingresso de estudantes internacionais.

Segundo o professor Fábio Borges, diretor do Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política (Ilaesp), na época da instalação da universidade, havia muita curiosidade e dúvidas se seria possível conciliar qualidade de ensino com tanta diversidade e inclusão. “O tempo mostrou que sim”, garante Borges. “Hoje temos 29 cursos de graduação, mais de uma dúzia de mestrados e dois doutorados muito bem avaliados”.

No início, a parceria com a Itaipu Binacional foi fundamental para a existência da universidade. A empresa doou o terreno e o projeto do campus, de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer. Enquanto a obra não estivesse concluída, as aulas viriam a ser nas salas e laboratórios do Itaipu Parquetec (então, Parque Tecnológico Itaipu – PTI).

Para o professor de História e Relações Internacionais da Unila, Micael Alvino da Silva, por meio desse apoio à universidade, a Itaipu, que é um projeto emblemático de integração internacional no âmbito do Mercosul, fomenta outro projeto de integração, desta vez, por meio do ensino. “A Unila contribui para fazer do Brasil um polo de produção de conhecimento na América Latina, e que amplia as relações do país por meio do ensino”, explicou.

Micael destaca, também, os benefícios gerados para Foz do Iguaçu e a região de fronteira nesses 15 anos de atividades da Unila, tais como os impactos da comunidade acadêmica na economia local (incluindo os recursos transferidos por meio da assistência estudantil a estudantes de baixa renda); a realização de inúmeras atividades de extensão universitária favorecendo comunidades da região; a vinda de profissionais de alta qualificação (mestres e doutores); e os benefícios para a vida cultural da cidade, consequência dos cursos de artes e humanidades da instituição.

Retomada do Campus

No último mês de dezembro, a Unops (Escritório das Nações Unidas de Serviços e Projetos), organismo da ONU especializado em infraestrutura e que atua na retomada de obras em todo o mundo, publicou edital de licitação para a contratação de empresa responsável pela finalização do campus Arandu, da Unila. A estimativa é de finalização até 2027.

Fonte: RICtv