A estudante de medicina Larissa Moura, de 30 anos, que morreu na manhã de quarta-feira (20) em um grave acidente na Ponte da Amizade era natural de Rondônia, segundo familiares. A ponte fica no limite entre Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, e Cidade do Leste no Paraguai.
Ela e o marido Daniel Vitor de Paula, que ficou gravemente ferido, estavam em uma motocicleta quando atingiram uma van que vinha no sentido contrário. Eles foram arrastados pelo veículo por alguns metros, na sequência a motocicleta incendiou, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Daniel sofreu fraturas, teve quase metade do corpo queimado, e está internado no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu.
Larissa deixa um filho de dois anos, fruto do relacionamento com Daniel, que é jogador amador de futebol. O casal vivia há seis anos em Foz do Iguaçu e se mudou para a cidade para realizar o sonho de cursar medicina no país vizinho. Por conta disso, enfrentavam o trânsito entre os países diariamente para estudar.
Os dois estavam na motocicleta e transitavam em direção ao país vizinho quando bateram de frente com a van que seguia no sentido contrário. Para a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista da van contou que não percebeu que, depois da batida, a motocicleta ficou embaixo da van.
"Em princípio ele não havia sentido que a moto estava embaixo do veículo, o que ocasionou o arrastamento dessa motocicleta e posteriormente essa motocicleta entrou em chamas", afirmou o policial rodoviário federal, Leonardo Durante.
Um dos passageiros da van contou à RPC que a van sai do Paraguai e que do lado brasileiro vinham duas motocicletas juntas, em alta velocidade. Foi quando uma delas resvalou na van e o motociclista perdeu o controle, caindo na pista. Ele conta que não foi possível desviar porque tinham outros veículos.
De imediato, o trânsito nos dois sentidos foi bloqueado para o atendimento às vítimas. Durante pouco mais de uma hora, o trânsito ficou totalmente bloqueado na Ponte da Amizade, tempo suficiente para provocar grandes filas nos dois lados da fronteira.
Imagens da aduana paraguaia mostram que muitos motociclistas aguardavam a liberação da pista. No Brasil, a maior concentração foi no acesso à aduana. Logo depois da liberação da ponte, o trânsito precisou ser coordenado pela PRF para a passagem de veículos e também de pedestres.
Fonte: G1
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