O mercado financeiro encerrou o ciclo de altas nas previsões de inflação de 2025, após 19 semanas de elevação nas projeções. Os analistas consultados pelo Banco Central (BC) também não alteraram as estimativas de 2026 e 2027, mas reduziram a de 2028.
Embora o boletim não tenha elevado as estimativas de inflação dessa vez, as expectativas seguem desancoradas — isto é, distantes das projeções de inflação no chamado “horizonte relevante” e da meta inflacionária.
Os dados fazem parte do relatório Focus, divulgado nesta Quarta-Feira de Cinzas (5/3) pelo Banco Central. As projeções são frutos da análise de mais de 100 especialistas do mercado financeiro, consultados semanalmente no levantamento do BC.
O que é o relatório Focus
O Relatório de Mercado Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado financeiro coletadas até a sexta-feira imediatamente anterior à divulgação do documento.
O Focus é tradicionalmente divulgado toda segunda-feira.
O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio (dólar), taxa Selic, entre outros indicadores.
As projeções são do mercado, não do Banco Central. A autoridade monetária só reúne os dados.
Inflação
O mercado financeiro manteve inalterada a expectativa de inflação deste ano. Para os analistas, a estimativa deste ano é de 5,65% — bem acima do teto da meta inflacionária de 2025 (entenda a abaixo).
Confira como ficaram as expectativas do mercado:
Em 2025, é de 5,65%.
Em 2026, continua em 4,40%.
Em 2027, segue em 4%.
Em 2028, recuou de 3,79% para 3,75%.
Em 2025, a meta inflacionária é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual – isto significa, com piso de 1,5% e teto de 4,5%. Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância.
O próprio BC informou que a meta tem 50% de chance de ser descumprida em 2025. Em relatório publicado em dezembro, a autoridade monetária avaliou que a probabilidade de a inflação estourar o teto da meta neste ano cresceu de 28% para 50%.
Fonte: Metrópoles
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