PF faz operação contra policiais penais suspeitos de receber joias e celulares em troca de benefícios a detentos

Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (25), uma operação para desarticular um suposto esquema de corrupção e tráfico de drogas dentro do Presídio de Igarassu, no Grande Recife (veja vídeo acima). Segundo informações apuradas pela GloboNews, as investigações apontam que policiais penais recebiam propina, incluindo joias, refeições e celulares, em troca de benefícios a detentos.

De acordo com a PF, a Operação La Catedral cumpre nove mandados de prisão e 12 de busca e apreensão, além do sequestro de bens dos investigados. Dois servidores foram afastados, segundo a corporação.

Os mandados estão sendo cumpridos no Recife e nas cidades de Paulista, Goiana, Carpina, Abreu e Lima e Itapissuma, que ficam em Pernambuco, e em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

A GloboNews apurou que a propina paga aos agentes servia para que os detentos conseguissem as seguintes regalias:

facilitação de entrada de visitantes em qualquer horário;

acesso indevido ao sistema interno da unidade, permitindo que eles influenciassem na transferência de outros presos;

permissão para a realização de festas e churrascos com consumo de bebidas alcóolicas e música ao vivo;

entrada facilitada de garotas de programa no presídio.

Além disso, foram constatados outros crimes, incluindo o uso de drogas e até a produção de pasta base de cocaína dentro do Espaço Cultural da unidade.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo é investigado por praticar os seguintes crimes:

tráfico de drogas;

lavagem de dinheiro;

corrupção;

prevaricação (quando um servidor toma conhecimento de um delito e não o denuncia);

promoção ou facilitação de ingresso de aparelho telefônico em presídio;

participação em organização criminosa.

A corporação informou, ainda, que as investigações começaram depois que a polícia identificou um detento que comandava diversos crimes dentro da cadeia com o apoio de servidores do sistema prisional.

Ainda conforme a PF, a apuração constatou atos de corrupção passiva praticados por policiais penais, além de acessos indevidos a sistemas internos para favorecer detentos.

Fonte: G1