O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado nesta quinta-feira (13) a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado - motivo torpe e perigo comum - pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda. A pena será cumprida inicialmente em regime fechado.
O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri de Curitiba dois anos e meio após a morte de Arruda, que foi baleado por Guaranho enquanto comemorava seus 50 anos de idade com uma festa temática do presidente Lula e do PT. Relembre caso mais abaixo.
O júri popular foi presidido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, magistrada da Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba.
Na decisão que é lida neste momento, a juíza ressaltou que ele utilizou arma da União para cometer crime. Ela destacou também que as ações
No decorrer do júri, nove pessoas, entre testemunhas, informantes e peritos, foram ouvidas. Por último, o réu foi interrogado. Ele deu a versão dele dos fatos publicamente pela primeira vez.
A captação de imagens não foi liberada no julgamento. O réu foi fotografo do lado de fora do tribunal, pouco antes do início do terceiro dia de júri nesta quinta (13).
Foram ouvidos no julgamento:
Pâmela Suellen Silva, viúva de Marcelo Arruda, que detalhou o dia do assassinato e deu declarações sobre a dificuldade de criar o filho mais novo após a morte do pai. Na época, o bebê tinha 40 dias de vida;
Daniele Lima dos Santos, vigilante que estava no local do crime;
Denise de Oliveira Carneiro Berejuk, perita responsável por laudos de imagem;
Wolfgang Vaz Neitzel, amigo de Marcelo Arruda que participou da festa e viu discussão que terminou com o assassinato;
Edemir Alexandre Riquelme Gonsalves, tio de Pâmela, companheira de Marcelo Arruda e que comprou decoração da festa;
Marcelo Adriano Ferreira, policial penal do Presídio de Catanduvas que trabalhava com o agora ex-policial penal Jorge Guaranho;
Márcio Jacob Muller Murback, amigo de Guaranho que tinha acesso às imagens das câmeras de segurança da associação onde ocorria a festa de Arruda por fazer parte da direção onde ocorria a festa;
Simone Cristina Malysz, perita que participou da elaboração de laudos do caso;
Alexandre José dos Santos, amigo de Marcelo Arruda, servidor público e que também estava na festa;
Jorge Guaranho, réu pelo crime.
O crime aconteceu em 9 julho de 2022.
Conforme as investigações, Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda e os dois discutiram. Cerca de 10 minutos depois, o policial penal voltou ao local, armado, e disparou contra Arruda, que revidou usando a arma que carregava por ser guarda municipal.
Arruda foi socorrido, mas morreu na madrugada de 10 de julho de 2022. Ele deixou quatro filhos. Na época do crime, um deles tinha pouco mais de 40 dias.
Após o crime, Guaranho foi agredido por convidados presentes na festa de Marcelo. Ele foi internado e permaneceu em hospital de Foz do Iguaçu até ter alta e ser encaminhado ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde ficou preso até setembro 2024.
Ele cumpria prisão domiciliar até a condenação desta quinta-feira (13).
Fonte: G1
0 Comentários