Empresa é investigada por contrabando de agrotóxicos

Foi deflagrada nesta terça-feira (26) a Operação Deméter para desarticular duas organizações criminosas que atuam com a venda de agrotóxicos, suspeitas de receptação qualificada, falsidade documental, sonegação fiscal, crime contra as relações de consumo e crimes previstos na Lei nº 14.785/2023 (produção, armazenamento, transporte, comercialização de agrotóxicos não registrados).

A suspeita é de que, nos últimos três anos, um dos grupos suspeitos tenha emitido notas fiscais fraudulentas que somam quase R$ 26 milhões.

A operação foi realizada pelo Ministério Público do Paraná, por meio dos Núcleos de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (Gaema). Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em Cascavel e Terra Roxa e em cidades de Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

No Paraná, o trabalho envolveu o cumprimento de mandados em Terra Roxa e em Cascavel, no Oeste do Estado, contra uma empresa que comercializaria agrotóxicos contrabandeados. Ao todo, mais de dez mandados foram cumpridos em diversos bairros do município, incluindo a sede da empresa e residências de seus proprietários.

De acordo com o MPPR, os grupos suspeitos comercializam agrotóxicos de procedência ilícita. A investigação aponta que os materiais são provenientes de roubos, desvios, adulteração e/ou falsificação.

O cumprimento das ordens judiciais, deferidas pelo Juízo Criminal de Cascavel, foi acompanhado por auditores da Receita Estadual, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), bem como por servidores do MPPR que atuam junto ao Gaema. Nas buscas feitas fora do Paraná houve apoio dos Gaecos locais.

Ainda segundo o MPPR, foram apreendidos documentos, celulares, computadores e equipamentos eletrônicos.

Operação contra agrotóxicos contrabandeados no Oeste

Conforme a Adapar, que acompanhou a operação, o uso de agrotóxicos contrabandeados pode representar uma grave ameaça à saúde pública, ao meio ambiente e à segurança alimentar. “Por não passarem por testes de segurança e eficácia exigidos pelas autoridades sanitárias, os produtos podem conter substâncias proibidas ou em concentrações inadequadas”, informou o Governo do Estado.

Ainda, o uso de agrotóxicos ilícitos pode contaminar o solo, alimentos e os recursos hídricos. Ainda, pode contribuir com a resistência de pragas.

Fonte: RIC.COM