A partir desta terça-feira (26), a Justiça Federal do Paraná (JFPR) deve começar a ouvir testemunhas e o réu Anderson Robson Barbosa, acusado de matar a esposa e a filha de três anos no Japão.
Natural de Londrina, no norte do Paraná, Anderson é acusado de assassinar a facadas Manami Aramaki, de 29 anos e a filha Lily, de 3 anos, em agosto de 2022. Ele está preso preventivamente desde julho de 2023.
Segundo a Justiça Federal, todas as testemunhas convocadas moram no Japão. Por conta disso, as audiências serão virtuais e durante o período da noite, para compatibilizar com o fuso horário entre os países.
O réu será o último a ser ouvido. A expectativa é de que o depoimento de Anderson seja no dia 4 de dezembro.
Ele será julgado pela Justiça Federal após um acordo de cooperação jurídica internacional. Mãe e filha, identificadas como Manami Aramaki, de 29 anos, e Lily, de 3 anos, foram encontradas mortas, com sinais de facadas, no apartamento da família em Sakai, a 500 quilômetros de Tókio.
Nas redes sociais de Aramaki, ela indicava que era casada com Anderson. Na época do crime, autoridades japonesas disseram que os assassinatos ocorreram entre os dias 20 e 21 de agosto de 2022.
A polícia japonesa concluiu que o brasileiro matou a esposa e a filha por receio do divórcio e de perder o Certificado de Residência no Japão, um documento que autoriza a permanência dele no país.
As motivações dos crimes constam em um relatório da Delegacia de Kuroyama, na província de Osaka. O documento foi enviado pelas autoridades japonesas à Justiça Federal paranaense, onde tramita o processo criminal.
Segundo a investigação, Anderson primeiramente matou a Manami e depois a filha. Para a polícia, o brasileiro ligou para um amigo confessando ter cometido os assassinatos.
O relatório aponta que Manami enviava mensagens a amigos falando que queria se separar de Anderson. Dias antes dos crimes, eles brigaram.
De acordo com a imprensa local, dias antes da morte da esposa e da filha, Anderson pediu uma dispensa de duas semanas do trabalho.
Procurado pela Interpol
A polícia de Osaka, que investigava o caso, divulgou imagens de Anderson andando pelo aeroporto de Narita no dia 22 de agosto.
De acordo com a Polícia Federal (PF), Barbosa fugiu para o Brasil, onde ficou foragido até julho de 2023. Ele era procurado pela Interpol.
Ele foi preso em São Paulo (SP) e levado até o Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Fonte: G1
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