O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e auxiliares debateram, nesta sexta-feira (24/1), um conjunto de medidas para frear a alta no preço dos alimentos. Ao término da reunião, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo prevê uma melhora da situação com a safra deste ano, e ainda descartou medidas “heterodoxas”.
O ministro acrescentou que o governo considera que a “supersafra” esperada para este ano ajude na redução dos preços dos alimentos. Ele destacou que os eventos climáticos do ano passado impactaram negativamente a produção de alimentos em diferentes regiões do Brasil.
“Expectativa extremamente positiva de uma supersafra este ano. Uma maior oferta leva a um menor preço. Crescimento bastante robusto da safra deste ano. Teremos um crescimento de 8,2%, a safra geral, o arroz, 13%”, adiantou Rui Costa. “Diferentemente do que aconteceu em 2024, que foi um ano severo do ponto de vista climático.”
A pauta virou prioridade do governo após a cobrança pública do chefe do Planalto durante reunião ministerial, na segunda-feira (20/1).
O que aconteceu:
A reunião de Lula contou com a presença de cinco ministros: Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura), Esther Dweck (Gestão e Inovação) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário). O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, também participou.
O preço dos alimentos puxou a alta na inflação de 2024, que fechou o ano em 4,83% — acima da meta projetada pela equipe econômica do governo.
Ao longo do ano passado, a produção de alguns alimentos, como o arroz, foi afetada por eventos climáticos extremos, a exemplo da seca prolongada e fortes chuvas em algumas regiões. A alta do dólar também contribuiu para o aumento dos preços.
Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira
Presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, e a secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli
O ministro da Casa Civil citou as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no primeiro semestre do ano passado e o aumento das queimadas no Centro-Oeste. Segundo ele, esses eventos climáticos extremos impulsionaram a alta dos preços.
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