Governo asiático anunciou abertura de apuração sobre o volume do produto que compra; defesa brasileira enxerga lacuna na solicitação
Em novembro do ano passado, o Ministério do Comércio da China anunciou que abriria um processo de investigação na Organização Mundial do Comércio (OMC) a respeito da carne bovina que importa
A iniciativa é uma resposta às queixas dos pecuaristas do gigante asiático, que alegam derrubada de preços internos e baixa competitividade frente aos produtos importados.
O pedido de apuração tem como alvo o período de 1 de janeiro de 2019 a 30 de junho de 2024 e envolve todas as nações das quais o país compra o produto.
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De acordo com o advogado Welber Barral, que representa a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) dentro da força-tarefa montada pelo governo federal para a defesa do mercado nacional (como adiantado em reportagem do Canal Rural), pode demorar até um ano para que uma resposta seja dada. “Portanto, é improvável que tenhamos qualquer interferência nas exportações ainda neste ano”.
Contudo, em caso de aprovação das investigações, abre-se uma medida de salvaguarda que pode durar por até quatro anos. Assim, os mercados que mais vendem carne bovina à China, casos de Brasil, Austrália e Argentina, respectivamente, seriam potencialmente os mais prejudicados com sobretaxas nas vendas.
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