Prova Paraná é aplicada com prioridade à inclusão

A Secretaria de Estado da Educação aplica, nesta quarta e quinta-feira (27 e 28), a terceira e última avaliação de 2024 da Prova Paraná para todos os alunos da rede estadual de ensino. Estudantes da Educação Especial têm provas adaptadas às suas necessidades, além de acompanhamento de professor especializado em determinados casos.

“Os nossos estudantes da Educação Especial contam com atendimento individualizado para que possam responder às questões com toda a tranquilidade, inclusive com o tempo de prova ampliado, se for o caso”, ressalta o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

O teste, que ocorre a cada trimestre, abrange todas as disciplinas, com o objetivo de fornecer um diagnóstico sobre o nível de aprendizado dos alunos de cada série em relação aos conteúdos abordados em sala de aula no período. Aplicada na escola onde o aluno está matriculado, a avaliação tem duração de 2h30, durante o horário de aula.

“É uma avaliação com o objetivo de analisar o desempenho dos estudantes da rede estadual em diferentes etapas da educação e, a partir dos resultados, monitorar e melhorar a qualidade da educação no Estado. Os dados são utilizados para a implementação das estratégias pedagógicas necessárias para o fortalecimento do aprendizado”, explica a coordenadora de Avaliação da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Jussielli de Oliveira.

A terceira edição da Prova Paraná 2024 está sendo aplicada nos formatos impresso (do 5º ano à 3ª série do Ensino Médio) e digital (apenas para os 8º e 9º anos).

Para garantir o direito ao acesso, à permanência e à escolarização dos estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, transtornos funcionais específicos e altas habilidades/superdotação, as Núcleos regionais de Educação (NREs), assim como as escolas, são orientados para que proporcionem todas as condições para a realização das provas, que são impressas, na maioria dos casos.

Esse trabalho fica sob responsabilidade do Departamento de Educação Inclusiva da Seed (DEIN) e do Departamento de Acompanhamento Pedagógico (DAP), por meio da Coordenação de Avaliação (CAV).

SUPORTE TÉCNICO – Para os alunos com baixa visão, por exemplo, são oferecidas provas ampliadas e superampliadas, além de recursos ópticos específicos: óculos, lupas, telelupas ou outros de magnificação de imagem e programa de leitor de tela.

São permitidas provas em folhas coloridas, para estudantes com Síndrome de Irlen, que possuem sensibilidade e dificuldade de leitura, e material acompanhado de vídeo com tradução em Língua Brasileira de Sinais – Libras, nos componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática, para os estudantes surdos, que também têm garantida a presença do guia-intérprete para mediar a comunicação e as orientações para a execução da prova em Libras.

“Quando for necessário aos estudantes da Educação Especial, as avaliações poderão ser flexibilizadas, podendo o professor aplicador viabilizar adequações nos enunciados das questões, mediando com explicações para melhor compreensão do estudante, considerando suas especificidades e possibilidades diante da avaliação diagnóstica”, reforça Maíra de Oliveira, chefe do Departamento de Educação Inclusiva da Seed.

“Poderá ainda ser flexibilizado o tempo para a realização da prova. Com relação ao gabarito, se necessário, nós disponibilizamos um profissional de apoio para realizar o preenchimento”, acrescenta.

Para estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Deficiência Intelectual, a Seed conta com profissionais especializados para verbalizar as instruções com ordens compreensíveis e sequenciais, com explicações objetivas e linguagem de fácil entendimento, contudo, sem interferir ou induzir as respostas dos estudantes.

Caso seja identificada a necessidade de um espaço específico e individualizado, a Seed orienta as escolas a utilizarem a Sala de Recursos Multifuncionais ou que a instituição de ensino disponibilize uma sala adequada à necessidade do estudante, priorizando sua participação efetiva nesse momento de avaliação diagnóstica.

OUTRAS MEDIDAS – Em casos de Transtornos Funcionais Específicos, a rede estadual disponibiliza leitor ou transcritor durante a prova (mediação de um professor sem a interferência na resposta do estudante); recursos de apoio, como calculadoras ou dicionários; flexibilidade na forma de resposta, permitindo respostas verbais ou uso de tecnologias assistivas, aplicação das provas em salas com menor número de estudantes e um ambiente tranquilo e com menos estímulos externos.

Para os estudantes com suporte do Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar e Domiciliar (SAREH), os NREs deverão orientar as instituições de ensino de origem dos estudantes afastados a fornecerem os instrumentos de avaliação para o professor mediador.

HORÁRIOS E RESULTADOS – As provas são aplicadas de manhã, das 8h às 10h30, à tarde, das 14h às 16h30, e à noite, das 19h30 às 22h. Para os estudantes da Educação Integral, o horário é das 8h às 10h30. Os relatórios com as notas serão enviados por e-mail para as instituições de ensino, a partir de 11 de dezembro.

Os dois dias de prova são divididos de acordo com as áreas de conhecimento. Em um os alunos respondem perguntas de Língua Portuguesa e Matemática. No outro, o conteúdo será referente às áreas de Língua Inglesa, Ciências Humanas e Ciências da Natureza.

A divisão é a mesma para todos os estudantes da modalidade regular, desde o Ensino Fundamental II (6º a 9º ano) até o Ensino Médio (1ª a 3ª série), com a inclusão dos componentes de Educação Financeira, Pensamento Computacional e, para as 3ª séries, as questões dos Itinerários Formativos do Novo Ensino Médio (NEM).

Já para alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos), a divisão dos conteúdos varia de acordo com o semestre cursado.

ESTRATÉGIA – A Prova Paraná compõe o Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná (SAEP) e tem como objetivo o diagnóstico das aprendizagens dos estudantes matriculados nas instituições de ensino da rede pública estadual e da rede pública municipal de educação daqueles municípios que fizeram a adesão.

Os resultados dessa avaliação subsidiam os professores, as equipes gestoras, a Secretaria de Estado da Educação (SEED) e as Secretarias Municipais na definição de ações e estratégias que contribuem para o processo de ensino e aprendizagem.

Fonte: AEN