Soldado da PM é investigado por suspeita de uso indevido de equipamentos do Governo do Paraná

Foto: Reprodução/RPC

O soldado Jorge Luiz Carlos Junior é investigado pela Corregedoria da Polícia Militar (PM-PR) por suspeita de uso de equipamentos do estado para prestar serviço a uma seguradora. Na segunda-feira (22), a investigação cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa dele, em Curitiba.

Segundo informações do Portal da Transparência, Jorge Luiz Carlos Junior é servidor da PM desde fevereiro de 2016.

Levantamento feito nos Diários Oficiais do Poder Executivo, pela RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, a partir de 2016, mostra que em 2022 o soldado foi dispensado da função de Agente Operacional de Segurança Física de Instalações e Pontos Sensíveis da Casa Militar e designado para atuar como Agente Operacional de Segurança Aproximada do órgão. Ele voltou a ser designado para a mesma função em janeiro de 2023.

A Casa Militar é o órgão responsável pela segurança do governador, do vice-governador, das famílias deles e de instalações oficiais, como o Palácio Iguaçu.

De acordo com o Governo do Paraná, o soldado atuava na segurança da residência do governador, mas foi afastado das funções por decisão da Justiça Militar.

Entre 2017 e 2020, o policial respondeu a procedimentos internos na Polícia Militar. Alguns foram arquivados e, pelo menos dois, encaminhados à Vara da Justiça Militar Estadual. Os detalhes desses procedimentos não foram informados.

O g1 questionou a Polícia Militar sobre quantos policiais foram alvos da operação, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

A defesa de Jorge Luiz Carlos Junior também não foi localizada.

Em nota, o governo do estado afirmou que a operação teve apoio da Casa Militar e que Jorge Luiz Carlos Junior não integra mais as escalas do órgão. Ele também está proibido de usar armamento e farda da corporação.

Segundo o governo, a investigação apura o possível envolvimento do soldado com uma seguradora e não tem relação com serviços de inteligência, função que ele não exercia.

A Polícia Militar informou, em nota, que por meio da Corregedoria-Geral, a Seção de Assuntos Internos deflagrou a Operação Ultra Legem para apurar a conduta de policiais militares suspeitos de irregularidades no exercício da função.

Ainda conforme a PM, a ação cumpriu mandados de busca e apreensão e aplicou medidas cautelares determinadas pelo Poder Judiciário para garantir a regularidade das investigações. A corporação afirmou que acompanha rigorosamente os procedimentos, com transparência, legalidade e respeito ao devido processo legal.

A PM destacou que eventuais condutas individuais que contrariem os princípios éticos e legais da corporação são apuradas com rigor e não representam os valores e o compromisso da Polícia Militar do Paraná com a sociedade.

Fonte: G1