Dentista vítima de tortura corre risco de perder a audição, segundo laudo médico

Foto: Reprodução/Redes Sociais
A dentista Kauany Tonndorf, de 24 anos, vítima de tortura, agressões físicas e abusos sexuais praticados pelo então namorado Renan Walflor, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, pode sofrer perda auditiva em decorrência das violências sofridas. A informação foi confirmada após avaliação médica realizada depois das agressões.

Segundo relatos, Kauany foi submetida a cerca de 12 horas de cárcere privado, período em que sofreu espancamentos, agressões psicológicas e abusos sexuais. Entre as consequências físicas, estão lesões que podem comprometer de forma permanente a audição da jovem.

De acordo com o relato da vítima, as agressões envolveram socos, chutes, puxões de cabelo e chineladas, além de ameaças de morte e injúrias. As violências só cessaram quando a dentista conseguiu fugir da residência onde era mantida pelo agressor.

Após a fuga da dentista, Renan Walflor enviou um áudio pedindo perdão e tentando convencer Kauany a retomar o contato.

“Vai acabar com a minha vida, amor. Eu vou ter que ir lá amanhã, levar minhas armas, me apresentar, passaporte. Eu sei que eu te machuquei, que eu te magoei, que eu fui um escroto, um lixo”, disse Renan.

Renan foi preso e responde por uma série de crimes, entre eles tentativa de feminicídio, estupro de vulnerável, tortura, lesão corporal, ameaça e registro não autorizado de intimidade sexual. O caso segue sob investigação.

Em meio à repercussão do caso, Kauany afirmou esperar que o agressor permaneça preso. “Espero que a Justiça mantenha ele preso. Ele não pode fazer isso com mais ninguém”, disse a dentista.

Manifestação pede justiça por Kauany Tonndorf após denúncia de tortura

Na última quinta-feira (18), familiares e amigos de Kauany realizaram um protesto em frente à academia pertencente a Renan Walflor, em Pinhais. Em coro, os manifestantes pediram “Justiça por Tonndorf”.

Durante o ato, participantes vestiram camisetas brancas com a mensagem “Justiça por Tonndorf. Fim ao feminicídio agora”, além de exibirem cartazes e entoarem palavras de ordem cobrando a responsabilização do agressor.

Fonte: RICTV