Se emagrecer fosse apenas uma questão de foco e disciplina, muitas mulheres já teriam resolvido essa equação há muito tempo. No entanto, a realidade costuma ser outra: a balança demora a responder, o inchaço aparece sem aviso e o esforço parece desproporcional aos resultados. Longe de representar falha individual, esse cenário está diretamente ligado ao funcionamento do corpo feminino.
Segundo o médico Gabriel Almeida, o emagrecimento em mulheres segue uma lógica própria. “Não é falta de foco nem de disciplina, o corpo feminino responde de forma diferente à perda de peso”, afirma.
Na prática, mulheres tendem a gastar menos energia em repouso. Isso ocorre porque, em média, possuem menor massa muscular e maior percentual de gordura corporal. Como consequência, o gasto calórico diário é reduzido, o que faz com que dietas e rotinas de exercícios iguais gerem resultados diferentes quando comparadas às dos homens, especialmente no início do processo.
Esse fator ajuda a explicar por que a perda de peso pode ser mais lenta, mesmo quando há consistência alimentar e disciplina nos treinos.
Outro ponto relevante é a forma como a gordura se distribui no corpo feminino. Regiões como quadril e coxas concentram gordura subcutânea, menos prejudicial à saúde, porém mais resistente à mobilização. Assim, o peso pode até diminuir antes que mudanças visuais fiquem evidentes, criando a sensação de estagnação.
Essa diferença entre o que a balança mostra e o que o espelho reflete costuma gerar frustração e, muitas vezes, leva a estratégias extremas pouco sustentáveis.
Fonte: Metrópoles
Foto: Reprodução

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