Paraná reforça políticas de empregabilidade para migrantes ao longo de 2025

Foto: SEJU

Nesta quinta-feira (18), Dia Internacional do Migrante, o Paraná reafirma o fortalecimento das ações de acolhimento, integração e garantia de direitos. Um dos destaques do ano foi a criação da Agência do Migrante, focada em políticas sociais e de geração de emprego.

O Estado registrou em 2025 um aumento de 15,7% no atendimento a migrantes. Em 2024, o Centro Estadual de Informações para Migrantes, Refugiados e Apátridas (CEIM), órgão ligado à Secretaria da Justiça e Cidadania (Seju), fez 5.750 atendimentos para novos cadastros, regularização documental, suporte psicossocial e orientações voltadas à empregabilidade. Em 2025, o número aumentou para 6.650 atendimentos.

“O paranaense é um povo acolhedor e, tanto no passado como agora, não fecha as portas a quem enfrenta dificuldades em seu país ou estado de origem e escolhe vir para cá, para o Paraná, para começar uma nova história” diz o secretário estadual da Justiça e Cidadania, Valdemar Jorge. “Os que buscam emprego e a possibilidade de contribuir para o crescimento do Paraná podem sempre contar com o nosso apoio”.

O serviço mais buscado no CEIM foi a assistência documental, que representa 70% dos atendimentos (ou 4.655), visto que, ao chegar ao país, muitos migrantes precisam de suporte para regularizar sua situação, incluindo a emissão de documentos como o Registro Nacional de Estrangeiro (RNE), o Cadastro de Pessoa Física (CPF), a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e outros.

O setor de empregabilidade foi o segundo mais buscado por migrantes, que receberam orientação profissional, cadastraram seus currículos, conectaram-se a empresas parceiras e tiveram acesso a vagas de trabalho, incluindo encaminhamentos diretos para processos seletivos. Já o terceiro serviço mais buscado foi o psicossocial, com direcionamentos para Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS).

Também foram realizadas orientações sobre cursos profissionalizantes, de idiomas e outras oportunidades que contribuem para a integração e autonomia dos migrantes.

A Superintendência-Geral de Governança Migratória (SSGM), criada em abril, deu início a uma série de iniciativas voltadas à ampliação do acesso a direitos, inclusão social e integração da população migrante. Entre as principais ações, mutirões de empregabilidade contribuíram para a inserção no mercado de trabalho formal. Em outubro, a SSGM também inaugurou no CEIM um serviço de apoio para formalização de empreendedores migrantes.

Para o superintendente-geral de Governança Migratória, Gil Souza, há avanços nas políticas públicas migratórias. “Esse ano criamos a primeira Superintendência do Brasil e inovamos com a Agência do Migrante, uma estrutura de balcão único de atendimento, com foco também no apoio aos municípios e no atendimento dos migrantes no Interior”, afirma.

Diversos serviços são oferecidos na Agência do Migrante, localizada no Centro de Curitiba. Ela é composta por quatro unidades complementares: o CEIM; o ORGMIGRA, responsável pela produção de dados e pelo suporte à formulação de políticas públicas baseadas em evidências; o MIGRAHUB, hub de inovação social voltado à articulação de soluções colaborativas entre o Estado, a sociedade civil e a academia; e a Ouvidoria do Migrante, canal de escuta, acolhimento e orientação.

Foz do Iguaçu também conta com um posto avançado da Agência do Migrante dentro do Poupatempo, com mais de 40 serviços voltados à população migrante e reforçando a presença do Estado em uma das regiões com maior demanda por atendimentos a pessoas estrangeiras.

Fonte: AEN