Professor preso por estupro de alunos dentro de sala de aula no Paraná tocava adolescentes e compartilhava material pornográfico

Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

A Justiça do Paraná aceitou a denúncia contra o professor João Machado Rosa, de Foz do Iguaçu, no oeste do estado. Ele se tornou réu após investigação apontar que o professor abusou de alunos de 13 anos dentro da sala de aula, em um colégio estadual, e compartilhou material pornográfico com as vítimas.

A RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, teve acesso à denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Em proteção às vítimas, os nomes dos adolescentes e da escola não serão divulgados. A defesa do professor foi procurada, mas não se manifestou até a última atualização desta reportagem.

Segundo o MP, os crimes aconteceram entre 2024 e novembro de 2025. Os relatos dos alunos, citados na denúncia, indicam que o professor passava a mão no corpo dos adolescentes e chegou a mostrar o próprio órgão genital aos alunos.

Em um caso específico, em junho deste ano, o professor colocou a mão dentro do bolso da vítima para tocá-la e também se masturbava na presença do aluno.

Os crimes, segundo o MP, foram registrados por câmeras de segurança instaladas na sala de aula. As imagens fazem parte do processo, mas não foram divulgadas.

As investigações apontam, ainda, que o professor mostrava fotos e vídeos pornográficos às vítimas, incluindo imagens íntimas dele próprio. Parte desse material foi enviada por meio de uma rede social.

Professor se aproveitou da autoridade

Segundo a denúncia, o réu se aproveitou da autoridade que exercia sobre as vítimas para cometer violência sexual.

“Uma vez que é seu professor da disciplina de história e se utilizava desta prerrogativa para abusar sexualmente da vítima durante as atividades escolares e nos horários de intervalo, sob o pretexto de utilizar o computador para jogos”, cita a denúncia.

Em depoimento, três adolescentes relataram trauma, sofrimento psicológico e dor emocional em decorrência dos abusos.

Em depoimento à Polícia Civil do Paraná (PC-PR), um dos pais de um adolescente disse ter encontrado conversas do filho com o investigado em uma rede social.

Por isso, o MP solicitou a quebra de sigilo de dados telefônicos e telemáticos dos aparelhos apreendidos com o professor no dia da prisão — um celular e um notebook. O objetivo foi permitir que a Polícia Científica extraisse conversas, imagens e outros arquivos que pudessem reforçar as provas.

O professor está preso na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu II e responde por estupro de vulnerável, com agravante e aumento e pena por ter sido cometido de forma continuada e por alguém em posição de autoridade.

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná informou que colabora com as investigações e que adotará as medidas administrativas cabíveis.

Fonte: G1