Cinco bunkers e 17 esconderijos foram encontrados na mesma área onde estavam o carro e os corpos de quatro homens que foram assassinados ao cobrar uma dívida em Icaraíma, no noroeste do Paraná. O local fica na zona rural da cidade, no Distrito de Vila Rica, e foi vasculhado pela Polícia Civil (PC-PR) e pela Força Nacional durante as investigações a respeito dos homicídios.
De acordo com o delegado Gabriel Menezes, foi possível descobrir que os locais são usados por organizações criminosas para o armazenamento de cargas de contrabando e drogas. A investigação apontou que as drogas e os materiais contrabandeados chegam por rios da região e são colocados nos bunkers e esconderijos para depois serem escoados por estradas rurais.
Segundo o delegado, os bunkers são construídos em alvenaria, enquanto os esconderijos são feitos com uma estrutura mais simples – com lonas – e camuflados pela vegetação.
O carro onde Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza viajaram até Icaraíma foi encontrado enterrado em um desses bunkers.
"A área de mata onde o veículo e os corpos foram encontrados alcança mais de uma propriedade rural. Trata-se de uma extensa mata, que se estende por várias propriedade rurais. Os bunkers e esconderijos estão ao longo dessa mata. Não está tudo concentrado em uma única propriedade rural.[...] A descoberta revela a possível atuação de grupos estruturados voltados ao tráfico e ao contrabando, especialmente de cigarros de origem paraguaia, na região de fronteira", disse o delegado.
Menezes informou que as informações coletadas estão sendo documentadas e analisadas pela Polícia Civil. Os donos das propriedades rurais onde os esconderijos foram encontrados também estão sendo ouvidos, a fim de avaliar a responsabilidade em cada caso.
A respeito do assassinato dos quatro homens, o delegado informou que as investigações continuam, mas "por se tratarem de apurações complexas e ainda sob sigilo, não é possível divulgar mais detalhes no momento".
Fonte: G1
Foto: Polícia Civil (PC-PR)

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