O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira (12/8) que permitirá que palestinos deixem a Faixa de Gaza, tanto para escapar das áreas de combate quanto para migrar para o exterior, em meio à intensificação das operações militares no território.
“Dê a eles a oportunidade de sair, antes de tudo, de deixar as zonas de combate e, em geral, de deixar o território, se quiserem. Permitiremos isso, em primeiro lugar, dentro de Gaza durante os combates, e certamente permitiremos que eles saiam de Gaza também”, destacou Netanyahu.
A declaração ocorre em meio à intensificação da ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza e ao agravamento da crise de fome no território no contexto da guerra contra o grupo Hamas.
Netanyahu também descartou qualquer possibilidade de negociação limitada com o Hamas.
“Nenhum acordo parcial com o Hamas, isso já passou. Queremos todos os nossos reféns, vivos e mortos, como parte do fim da guerra em nossos termos”, explicou.
Panorama atual na Faixa de Gaza
A guerra em Gaza se estende por mais de 600 dias, com mais de 50 mil palestinos mortos e devastação generalizada. Os números só aumentam à medida que o conflito segue com intensidade.
As negociações em Doha avançaram em um novo acordo que prevê um cessar-fogo de 60 dias, a libertação de reféns (vivos e mortos), a devolução de prisioneiros palestinos e um aumento substancial da ajuda humanitária.
No entanto, retomadas de ataques intensos mostram que os combates seguem ativos. Testemunhas afirmam que a ajuda humanitária ainda encontra obstáculos diretos à sua entrada.
As concessões iniciais das negociações incluem retiradas limitadas de tropas e prazos curtos — mas não garantem solução duradoura, especialmente se houver falhas na segunda fase do acordo.
Muhammad Zakariya Ayyoub al-Matouq, uma criança de 1 ano e meio na Cidade de Gaza, enfrenta desnutrição grave e potencialmente fatal, à medida que a situação humanitária se agrava devido aos ataques israelenses contínuos e ao bloqueio, em 21 de julho de 2025.
Desde o início do conflito, em outubro de 2023, milhares de palestinos foram mortos, e grande parte da infraestrutura de Gaza foi destruída, segundo dados do Ministério da Saúde do território, administrado pelo Hamas.
Fonte: Metrópoles

July
Stephanie Keith/Getty Images

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