A Polícia Federal (PF) realizou, nesta quinta-feira (19), a segunda fase da Operação Cold Meal, com a finalidade de investigar desvios de verbas públicas na Prefeitura de Maringá, no norte do Paraná, durante a pandemia da covid-19. Conforme a investigação, o grupo de empresários que fraudava licitações também em outras cidades da região, contava com o apoio de servidores públicos para atingir seus objetivos.
De acordo com a PF, o suspeitos são investigados pelos crimes de frustração do caráter competitivo de licitação, constituição de organização criminosa, lavagem de dinheiro e outros crimes correlatos. Ainda conforme a polícia, a investigação foi iniciada a partir de denúncia anônima. Ela narrava possível desvio de verbas públicas por meio de fraudes a licitações realizadas pela Prefeitura de Maringá. De acordo com a denúncia, os desvios teriam ocorrido durante a pandemia da covid-19 e causaram um prejuízo de cerca de R$ 1,7 milhão aos cofres públicos.
Servidores públicos estão entre os investigados
“Com a deflagração da primeira fase logramos identificar que essas fraudes, possivelmente, não ocorriam somente na época da pandemia, mas também em situações mais recentes. Identificamos também mais agentes, inclusive dois servidores públicos da Prefeitura de Maringá, do setor de compras, que possivelmente estavam em conluio com os investigados. 26 policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão, todos na região de Maringá, e foram apreendidos, além de um veículo, celulares, documentos e computadores que servirão para a investigação”, explica o delegado Vinicius Mitsuhasi, da PF.
Após a realização da 1ª fase da operação, a PF encontrou diversos elementos que corroboram a ocorrência de fraudes em licitações em Maringá e região. Conforme a polícia, foram encontrados indícios de que empresários agiam em conluio. Ele simulavam concorrências, combinavam preços e lotes, e participavam de diversas licitações já com direcionamento de vencedores e aumento do preço dos produtos.
A PF aponta ainda que os criminosos utilizavam notas fiscais fraudadas para induzir ao reequilíbrio de preços do contrato, aumentando assim os valores obtidos.
Fonte: RIC
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