Governo italiano multa Armani em R$ 22 milhões por práticas comerciais enganosas

Kevin Carter/Getty Images

O governo italiano impôs uma multa de 3,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 22 milhões) ao grupo Giorgio Armani, acusado de “práticas comerciais desleais”. A entidade reguladora antitruste do país concluiu que a grife emitiu declarações enganosas de responsabilidade ética e social, que não condiziam com as reais condições de trabalho encontradas em fornecedores e subcontratados.

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Empresas contratadas pelo grupo contratam mão de obra ilegal, de acordo com a entidade

As investigações da entidade governamental revelaram que, apesar das declarações de responsabilidade social, a Armani utilizou um sistema de subcontratação que levou a condições de trabalho problemáticas. De acordo com a acusação, os fornecedores externos subcontrataram produtores que empregavam trabalhadores ilegalmente e em condições precárias de saúde e segurança.

A estrutura de subcontratação adotada pela Armani teria sido usada para mascarar as verdadeiras condições de trabalho. Enquanto o grupo declarava seguir as regras de responsabilidade ética e social, as empresas fornecedoras não consideravam nem seguiam tais padrões.

Giorgio Armani nega

O grupo Giorgio Armani negou a acusação e declarou que irá recorrer perante um tribunal da decisão da reguladora. Em um comunicado, a empresa expressou “decepção e amargura” com a decisão, afirmando que “sempre operou com a máxima imparcialidade e transparência para com os consumidores, o mercado e as partes interessadas”.

Fonte: Metrópoles