“Muito se fala em marketing online e se esquece do marketing off-line, diz Camila Comann, no Café Acefb

 “Muito se fala em marketing online e se esquece do marketing off-line, diz Camila Comann, no Café Acefb

Foto: Darce Almeida/Acefb

“Impactos do atendimento de qualidade para evitar consequências jurídicas” foi o tema do Café semanal da Associação Empresarial de Francisco Beltrão realizado terça, 16 de abril, na entidade local.

De acordo com a Dra Camila Comann, advogada especialista em Direito Médico e Odontológico, o empresário precisa investir mais em seus colaboradores, com treinamentos e gestão de pessoas. Caso contrário, a empresa perderá mercado. “O marketing off-line acontece dentro das empresas, é o relacionamento das pessoas com os consumidores. Com isso, minimizam-se os riscos relacionados ao atendimento. Tudo começa pelo atendimento. E um atendimento inadequado pode gerar consequências”, afirma Dra Camila.

Um “atendimento ruim”, conforme Camila, é responsável por até 47% dos casos de perda de clientes. “Não adianta investir em campanhas de publicidade em emissoras de televisão ou em portais na internet, se o sistema de atendimento é falho, desqualificado e desumanizado”.

Ponto de atenção
Se as falhas no atendimento estão relacionadas à falta de conhecimento do produto ou serviço que a empresa oferece, ações como treinamentos podem ser desenvolvidos. “Erros fazem parte de qualquer rotina de trabalho, mas é preciso estar atento e impedir que eles aconteçam com frequência para que eles não se repitam”, observa Camila.

Dra Juliana lembra que “há muitos ouvimos falar sobre o que é um bom atendimento. Por isso trouxemos esse tema para refletirmos e para que as pessoas não façam apenas o básico. É preciso que a empresa se diferencie no mercado, sempre tomando muito cuidado com os pontos jurídicos para que esse atendimento não provoque nenhum dano civil ou moral à empresa”, explica Juliana.

Alerta
O assunto acessibilidade tem ganhado amplo espaço nas redes sociais e na imprensa. Nesse sentido, as empresas precisam estar atentas à essa questão. “Um cadeirante ou pessoa com dificuldade de locomoção que não for bem atendido ou se a empresa não segue as normas, isso pode ser considerado um dano de atendimento ao consumidor”, disse Juliana.

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Outro ponto que a Dra Juliana enfatiza é que as empresas têm a obrigação de esclarecer aos consumidores todos os aspectos de seus produtos e serviços. “Quando a empresa, e até mesmo os profissionais autônomos não esclarecem, eles podem responder pela ausência de informações”.

Algumas dicas citadas pela Dra Juliana para evitar consequências jurídicas:

  • Empresas precisar realizar treinamento de suas equipes para realizar bons atendimentos;
  • Pensar além do básico no atendimento;
  • Se adequar à legislação (Código do Consumidor) e leis específicas aplicadas à sua área de atuação;
  • Focar em aprender sempre;
  • Buscar profissionais da área jurídica para mais informações.

Fonte: Darce Almeida/Acefb

Redação Beltrão Agora

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