Ministro da Fazenda, Fernando Haddad promete nova regra fiscal ainda no 1° semestre

 Ministro da Fazenda, Fernando Haddad promete nova regra fiscal ainda no 1° semestre

Foto: Reprodução/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (2) em seu discurso de posse que tentará conciliar em sua gestão o combate à inflação, a responsabilidade fiscal, a recuperação das contas públicas e a ampliação do acesso ao crédito para a população. Segundo o Estadão, disse que “Estado forte não é um Estado grande ou obeso”.

Haddad afirmou que pretende enviar ainda no primeiro semestre a proposta de uma nova regra para substituir o teto de gastos, de forma a controlar as despesas do governo sem prejudicar as contas. Neste domingo, durante a posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou o teto de gastos de “estupidez”.

“Não estamos aqui para aventuras. Estamos aqui para assegurar que o Brasil volte a crescer para suprir as necessidades da população em saúde, educação, no âmbito social e, ao mesmo tempo, para garantir equilíbrio e sustentabilidade fiscal”, disse Haddad. “Não existe mágica nem malabarismos financeiros, nem bala de prata”, prometeu.

Haddad reiterou ainda a prioridade em promover uma reforma tributária, estudo que no ministério estará a cargo do secretário especial Bernard Appy. “Buscaremos um sistema tributário mais transparente”, disse. A reforma é uma promessa de campanha de Lula, assim como o reajuste da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física.

O ministro ainda agradeceu aos deputados e senadores presentes pela aprovação da PEC da Transição. Depois de criticar medidas do governo anterior, ele afirmou que a liberação de gastos pela PEC era fundamental. “Ela agradou a alguns e desagradou a outros. Mas, sem ela, o campeonato não seria organizado. Não se trata de Fla Flu. Está consignado na lei o tamanho do problema”, concluiu o Haddad.

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Em seu primeiro discurso, no Congresso,Lula prometeu um Estado desenvolvimentista e nacionalista, com responsabilidade fiscal e monetária. Mas a promessa de revogar o teto de gastos, que chamou de “estupidez”, aliado ao fato de não ter detalhado quais serão as reformas que, segundo ele, aumentarão a produtividade da economia.

“Muita gente tinha a expectativa de que ele moderasse seu discurso após a posse, mas isso não ocorreu”, avaliou Fernando Siqueira, chefe de pesquisa da Guide Investimento, em entrevista ao Valor Econômico.

Já a ex-presidente do BNDES Maria Silvia Bastos Marques alertou para o risco de repetição de ações malsucedidas. “Em um mundo novo, novas soluções precisam ser dadas. O que não deu certo comprovadamente não adianta tentar de novo, porque não vai funcionar”, disse.

Fonte: euqueroinvestir.com

Beltrão Agora

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