Jovem sudoestino pede ajuda para tratamento de doença; medicamento custa cerca de R$ 20 mil

 Jovem sudoestino pede ajuda para tratamento de doença; medicamento custa cerca de R$ 20 mil

Foto: Arquivo pessoal

O jovem escritor sudoestino Vinicius Osterer, que vive entre Francisco Beltrão e Pato Branco, sofre da doença de Crohn. Ele recebeu o diagnóstico há 12 anos e vive condicionado à doença.

Caracterizada como uma Doença Inflamatória Intestinal (DII), trata-se de uma síndrome crônica que pode afetar todo o sistema digestivo. O diagnóstico é complexo, e exige diversos exames clínicos e laboratoriais.

A doença não tem causa definida,  e, possivelmente é provocada por uma desregulação do sistema imunológico. 

O Crohn varia de casos leves a graves, assim como os seus sintomas. Em casos graves, podem ocorrer também dores nas juntas, aftas, lesões na pele, inflamações nos olhos, pedras nos rins e na vesícula. Se não tratada, a doença pode levar à morte.

A doença têm sido mais debatida nos últimos anos, após o Youtuber Felipe Neto revelar que também possui a condição, tendo restrições alimentares e seguindo tratamentos de saúde. A criadora de conteúdo digital Lorena Eltz, de 22, também tem Crohn, e, por isso, usa uma bolsa de ileostomia, na qual as fezes são coletadas, o tempo todo desde os 12 anos.

Embora não tenha cura, é possível levar uma vida praticamente normal em casos mais leves, com o uso de medicação e cuidados adequados. Por este motivo, Vinicius faz um tratamento que controla a inflamação, porém o remédio antigo usado em seu caso já não faz o efeito desejado. 

O medicamento novo, o Vedolizumabe, que funciona para Vinicius, não é liberado gratuitamente para a doença de Crohn no Brasil, custando cerca de R$18.000,00 a ampola de 300mg.

Para seguir o tratamento adequado, agora ele precisa de doações, pois o valor do medicamento é elevado e sua família não tem as condições para pagar por ele, visto que a doença debilitou a saúde de Vinícius, impossibilitando-o de trabalhar.

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Através do pix é possível fazer uma doação para ajudá-lo:

PIX – Vinicius Andre

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Confira o relato de Vinicius nas redes sociais:

Você teria algum tempo para ler isso?

Olá, meu nome é Vinicius André, moro no estado do Paraná, tenho 29 anos e há 12 anos fui diagnosticado com a doença de Crohn – uma doença imunos-supressora, crônica (sem cura) que afeta todo o aparelho digestivo, especialmente o intesti-no delgado – no meu caso. Os sintomas da doença incluem vômitos, cólicas, diarreia, perda de peso, febre e, em muitos casos, quando não tratados adequada-mente, podem levar a complica-ções mais graves, como obstrução intestinal e internação hospitalar.

O estado emocional, por ser uma doença relacionada ao sistema imunológico, afeta os períodos ativos da doença. Aos 17 anos, logo após a morte de minha mãe, comecei a apresentar sintomas. No mesmo ano, após uma cirurgia descobri o diagnóstico, iniciando o tratamento com antiinflamatórios e imunossupressores: Mesalazina e Azatioprina (fornecidos pelo SUS).

Dois anos depois, quando eu tinha 19 anos, precisei fazer uma cirurgia de emergência devido a uma obstrução, retirando 27 centímetros do intestino delgado. Continuei o tratamento, após a cirurgia, e em 2019 acabei tendo outra obstrução, um pouco mais grave, com retirada de dois segmentos intestinais e duas enteroplastias.

Devido ao grave estado de desnutrição em que me encontrava, fiquei internado por quatro semanas, e neste mesmo ano comecei a usar um imunobiológico (medicamentos mais eficazes) para tratar a doença, o Infliximabe (também fornecido gratuitamente no Brasil para a doença). Após alguns meses de aplicação (o medicamento era intravenoso), descobri após um choque anafilático no hospital (alergia grave), que havia desenvolvido resistência ao medicamento.

Então, foi solicitada a troca da medicação, por outro imunobiológico que tinha mecanismo de ação diferente: o Vedolizumabe. O medicamento não é liberado gratuitamente para a doença de Crohn no Brasil, custando cerca de R$18.000,00 a ampola de 300mg. As ampolas são intravenosas e aplicadas nas semanas: 0, 2, 6 e depois a cada 8 semanas. Vivendo apenas com o meu pai trabalhando, e com a minha saúde debilitada afetando a minha qualidade de vida e a minha carreira profissional (no meio do ano passado tive que deixar o emprego devido meu estado físico e nutricional), custos com alimentação específica (dietas orais líquidas, fórmulas nutricionais), o pagamento do tratamento é inviável.

Há três anos, solicitei judicialmente a liberação do tratamento, mas até agora foi negado de todas as formas. A cada dia que espero, fica mais complicado buscar formas de tratar e controlar as crises da doença, já que estou sem medicamento.

Se você leu até aqui, e puder ajudar de alguma forma, com informações sobre tratamentos, medicamentos, como conseguir isso de alguma forma, ficarei muito grato, de todo meu coração! Viver com uma doença crônica, sem tratamento adequado (desde antes do início da pandemia) tem sido um desafio físico e mental. Obrigado!

Iniciamos uma campanha também, para tentar arrecadar um ano de tratamento. Caso queira doar para ajudar nesta meta:

PIX – Vinicius Andre

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Ou

https://gofund.me/216babb8  ”

Fonte: Portal de Beltrão

Beltrão Agora

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