Indígenas ocupam nova área no Paraná após conflitos por demarcação de terras
Conflito por demarcação de terra na região é histórico. Cidade está com duas áreas ocupadas, segundo autoridades.
Um grupo de indígenas ocupou uma nova área de terras em Guaíra, no oeste do Paraná, na manhã de quinta-feira (18). O conflito por demarcação de terra na região é histórico.
Atualmente são três áreas ocupadas na região, sendo duas no município de Guaíra e uma em Terra Roxa, também no oeste do estado. Os indígenas alegam que são espaços de terras que não passaram por processo de demarcação.
O secretário de segurança pública de Guaíra disse que os indígenas “não estão respeitando os acordos realizados e continuam ampliando áreas ocupadas”.
Na quarta-feira (17), a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Paraná (Sesp) criou um grupo de trabalho com representantes de entidades ligadas aos direitos dos indígenas e de outras forças de segurança para intermediar os conflitos fundiários que têm acontecido na região oeste do estado.
O encontro aconteceu uma semana depois de uma ocupação a uma fazenda em Terra Roxa, que gerou conflitos entre indígenas e pecuaristas.
O grupo de trabalho tem o objetivo de mediar uma discussão para que a Itaipu Binacional compre uma área, que será usada para realocação dos indígenas.
Eles reivindicam novos lugares porque, durante a construção da Usina de Itaipu, muitas áreas rurais da região de Terra Roxa e Guaíra ficaram alagadas. Um processo tramita na Justiça para que a Itaipu faça a compensação de um outro local.
Em nota, o presidente da Itaipu Binacional, Ênio Verri, informou que está comprometida com a causa indígena nas áreas de influência da empresa e que está disposta a ajudar a solucionar, de forma pacífica, as demandas.
“Os procedimentos necessários para a compra das áreas estão sendo ultimados e, em breve, poderão ser disponibilizadas. A Itaipu Binacional assume, ainda, o compromisso de continuar na sua política de dar suporte institucional às comunidades indígenas, de modo a garantir a elas a infraestrutura necessária para a ocupação das referidas áreas”, diz a nota.
Por fim, o presidente falou também que não cabe a Itaipu a demarcação das terras e que é necessário aguardar os resultados dos trabalhos dos grupos que estão se reunindo.
Conflito
No começo da semana, no conflito durante a ocupação das terras em Terra Roxa, uma indígena acabou sendo baleada na perna, na situação.
Em Guaíra, um agricultor por atingido por uma paulada na cabeça.
A propriedade rural fica perto de uma área demarcada e que é de responsabilidade do governo federal. A segurança do local foi reforçada pela Polícia Militar (PM), Batalhão de Polícia Militar da Fronteira (BPFRon) e da Força Nacional.
Fonte: G1