Frio extremo causa morte de quase 100 cabeças de gado em MS

 Frio extremo causa morte de quase 100 cabeças de gado em MS

Ondas de frio extremo atingiram cidades de Mato Grosso do Sul na noite de sexta-feira (12/7) e causaram a morte de quase 100 bois. Segundo o diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Daniel Ingold, não estão descartadas novas mortes, pois há ainda animais com hipotermia.

Até o momento, foram identificados 62 óbitos em Tacuru (MS) e 31 em Iguatemi (MS), no sul do Estado. No ano passado, Mato Grosso do Sul chegou a perder 4 mil cabeças de gado devido ao frio, que também gerou prejuízos milionários aos pecuaristas.

Agora, o problema não é tão grave como o de junho de 2023, mas o Iagro segue em alerta.

“Teve uma onda de frio e depois uma segunda onda, que deu uma sensação térmica abaixo de zero grau. Essa inversão térmica acabou sacrificando esses animais ali na região próxima a Ponta Porã (MS)”, afirmou o diretor à Globo Rural.

Representantes do Iagro visitaram a Fazenda Santa Luzia, em Iguatemi (MS), e encontraram bois agonizando ou já mortos. Alguns dos animais que sofreram pelo frio extremo vieram do Pará e, ao chegar em Mato Grosso do Sul, se depararam com chuva e baixas temperaturas intensas.

“Cerca de 15 animais com quadro de hipotermia severo. A propriedade está tentando reverter em animais que ainda estão vivos, com fogo (fogueira), armaram uma tenda para tentar salvar alguns outros animais”, disse o representante da agência em vídeo direto da fazenda.
Com base em informações do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS (Cemtec), o Iagro alertou os produtores rurais que as regiões sul, sudoeste, leste e sudeste do Estado podem ter temperaturas mínimas de 5 a 11 graus neste fim de semana. Na metade sul, a previsão é de maior cobertura de nuvens, além das baixas temperaturas.

O que fazer

Em casos de frio extremo, a orientação é proteger o gado, concentrando os rebanhos em áreas onde haja proteção natural ou lugares de invernada, com barreiras laterais contra o vento.

Pode-se também acender fogueiras em meio aos piquetes para aquecer os animais, quando não há ocorrência de chuvas, medida que foi adotada na Fazenda Santa Luzia.

Outra recomendação é a suplementação alimentar, orientada por um veterinário, a fim de garantir um estado nutricional razoável aos animais. Em diversas propriedades rurais, há escassez de pastagem já nesse período do ano.

Vale lembrar que a prevenção à hipotermia – diminuição grave da temperatura corporal – deve levar em conta fatores relacionados às condições físicas do animal e ao ambiente em que estão instalados.

Fonte: Globo Rural
Foto: Iagro-MS/Divulgação

Beltrão Agora

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