Dois homens são condenados por envolvimento em morte de agente penitenciário
Dois homens foram condenados por envolvimento no assassinato do agente penitenciário Gesiel Araújo Palma. O crime aconteceu em abril de 2016 em Londrina, no norte do Paraná.
De acordo com a investigação, a morte do agente foi encomendada por uma organização criminosa.
Este é o segundo julgamento relacionado ao caso. Em setembro de 2021, Eduardo Sena Gonçalves, apontado como mandante do crime, foi condenado a 32 anos de prisão. Ele está preso na Penitenciária Estadual de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
O novo julgamento terminou na madrugada desta quinta-feira (19) e, além do homicídio, também julgou o envolvimento dos réus na organização criminosa.
No total, oito pessoas sentaram no banco dos réus. Destas, quatro foram condenadas e quatro foram absolvidas.
Confira a decisão do tribunal do júri:
- Jean Rodrigues da Silva: condenado a 28 anos de prisão por associação criminosa armada e homicídio duplamente qualificado;
- Rodrigo Aparecido Lourenço: condenado a 24 anos de prisão por homicídio qualificado com a qualificadora atentar contra agente penitenciário;
- Henry Heidy Moryama: condenado a sete anos de prisão por associação criminosa armada;
- Ulisses Wanderley Vaz: condenado a seis anos de prisão por associação criminosa armada;
- Charles de Oliveira Mendes: absolvido da acusação de associação criminosa armada;
- Gabriel Mendonça: absolvido da acusação de associação criminosa armada;
- Thiago Mantovani Bezerra: absolvido da acusação de associação criminosa armada;
- Willyan Pereira Camargo: absolvido da acusação de associação criminosa armada.
Tanto as defesas dos réus, quanto o Ministério Público (MP) ainda podem entrar com recursos para alterar o resultado do julgamento.
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O g1 aguarda resposta do advogado da família do agente penitenciário e tenta identificar a defesa dos réus.
O caso
Gesiel Araújo Palma tinha 34 anos quando foi morto. Ele estava de folga, tentando arrumar o próprio carro, quando foi abordado por dois homens. Conforme a polícia, ele foi atingido por um tiro na cabeça. Gesiel chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.
Investigações apontaram que o agente penitenciário foi vítima de uma emboscada.
Em junho de 2017 a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) afirmou que, a partir de investigação, descobriu que o crime tinha como alvo o então Departamento Penitenciário Estadual (Depen), não especificamente o agente morto.
Gesiel trabalhava na Penitenciária Estadual de Londrina, onde chegou a ser chefe de segurança.
Fonte: G1