Dengue atinge quase 1,5 mil bebês no Paraná
Pelo menos 1.496 bebês com menos de um ano de idade pegaram dengue no Paraná no atual período epidemiológico, que começou em julho de 2023. O dado é do Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
Desde 14 de março, o Paraná está em estado de emergência pela dengue, somando 140 mortes pela doença e 219 mil casos confirmados.
De acordo com a médica Fabiana de Cássia Bernieri, no caso de bebês há dificuldade de diagnóstico, por isso, pais e responsáveis precisam ficar atentos a sinais – que podem parecer outras doenças ou condições.
“A dengue é uma doença que tira o líquido de dentro do vaso [sanguíneo]. Essa é a principal complicação da dengue. Ela desidrata muito rápido o indivíduo que é acometido por ela. Então pensa um bebê muito pequeno, onde a única forma de nutrição é através do leite materno. Não tem defesa suficiente, então vai desidratar com uma rapidez muito maior.”
Conforme a médica, alguns sinais de alerta são:
- Irritação;
- Choro intenso;
- Diminuição ou recusa total da alimentação;
- Fazem menos xixi (desidratação).
Talita Ribeiro Venâncio, mãe de uma recém-nascida, contou que a filha recebeu o diagnóstico de dengue aos 12 dias de vida. O sinal que mais a assustou é que bebê não reagia a estímulos.
“Ela apresentou um quadro grave de diarreia e o que me assustou muito foi a questão da hipotonia [que afeta a força da criança]. Ela não tinha reação nenhuma. O bracinho dela, do mesmo jeito que erguia, caia. Ela estava sem força. Eu sabia que o organismo dela não era tão forte pra combater, então eu tive muito medo de perder ela.”
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Gravidade
A médica Fabiana também alerta que com bebês, a dengue pode ser ainda mais grave.
“Existe uma regra dentro da pediatria que antes do terceiro mês de vida, qualquer coisa é grave em bebê. Vai para um pronto-socorro, essa criança vai ser examinada para evitar que chegue a esse desfecho tão ruim.”
Fonte: G1