Bombeiro paranaense troca a estabilidade financeira para empreender e se dedicar à produção audiovisual

 Bombeiro paranaense troca a estabilidade financeira para empreender e se dedicar à produção audiovisual

Bruno e Patrícia com seus dois filhos/Arquivo pessoal

Um ex-funcionário do governo do Paraná, morador de Francisco Beltrão, Sudoeste do Estado, está construindo uma nova história como empreendedor na área de marketing e audiovisual. Bruno Fiori, proprietário da Fiori Agência, exerceu a profissão de bombeiro militar durante oito anos. Contudo, a fadiga do ofício e o lado familiar pesaram na escolha para deixar para trás a estabilidade financeira e se dedicar à empresa junto com a esposa, Patrícia Fiori.

A empresa funciona junto ao Ciklo, hub de inovação da Associação Empresarial (Acefb), com quatro colaboradores – 6 pessoas no total. E o impulso para o negócio decolar ocorreu durante um trabalho realizado num casamento de um cliente, que era empresário. “Ali surgiu a ideia de a gente trabalhar na parte corporativa, desenvolvendo vídeos para empresas. A partir dali as pessoas diziam que não sabiam como usar os vídeos, por exemplo, nas redes sociais. E essas mesmas pessoas, proprietárias de empresas, começaram a pedir para nos aprofundarmos no marketing e cuidar das mídias sociais deles”, explica Patrícia.

Mudança de chave

Com a crescente demanda de serviços, Patrícia conta que chegou um momento em que não tinha mais como ela e Bruno conciliarem os dois trabalhos. “Começou a ficar muito puxado, ele trabalhava 24 horas nos Bombeiros e folgava 48. Nessas 48 horas, geralmente tinha gravação de eventos. A gente sempre conversava que chegaria a hora de escolher entre um trabalho e outro, pois tinha também a questão familiar. Tinha vezes que nosso filho mais novo queria ver o pai e gente levava ele no plantão para eles ficarem um pouco juntos”, relembra Patrícia.

Foi então que em novembro de 2019, após ganhar o direito de produzir a campanha da feira Expobel 2020, juntamente com outra agência de publicidade, que a decisão aconteceu. Somado a isso, certo dia Bruno estava de serviço apagando incêndio numa mata na cidade de Ampére. “Parei, sentei e pensei: o que que eu to fazendo aqui. No outro dia conversei com a Patrícia e tomei a decisão”.

De costas, Bruno em seu último dia como bombeiro militar/Arquivo pessoal

Outro fator que pesou na decisão foi que “o Bruno pediu a licença para os Bombeiros. E o comando negou. Foi então que conversamos e ele saiu definitivamente da vida militar”, acrescenta Patrícia.

Pelos relatos de Patrícia, o lado feminino contou muito na escolha final, pois ela sempre enxergou em Bruno o lado empreendedor. “Precisamos estar antenados na evolução das coisas. A pandemia foi uma prova isso. Hoje não é apenas eu e o Bruno, tem os nossos funcionários que dependem da empresa”.

Mariana, Enzo, Júlia, Tainar, Bruno e Patrícia/Arquivo pessoal

Incentivo a empreender

“Trabalhei com o Bruno e até hoje a gente continua se ajudando. Eu fazia faculdade de publicidade e propaganda e o Bruno me instigava a empreender, sempre dizendo que eu podia fazer um trabalho aqui e ali, desde que não atrapalhasse o trabalho da produtora”, relata Jonathan Teles, o primeiro colaborador da Fiori Agência.

A colaboradora Mariana Dário Arendt avalia a decisão de Bruno e Patrícia como “muito corajosa”. “Porque ele tinha estabilidade de emprego. Quando entrei na empresa, lembro que havia muitas dúvidas se iria dar certo, pois não sabíamos se o foco era produzir somente vídeos ou podcasts. Foi então que a empresa tomou um rumo e decidiu ser uma agência completa. Sou muito grata pelo Bruno porque ele nos impulsiona a aprender coisas novas. E hoje também sonho em empreender”.

Bruno Fiori trabalhou 8 anos nos Bombeiros de Francisco Beltrão/Arquivo pessoal

Fonte: Darce Almeida/Acefb

Beltrão Agora

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