Bebê de cinco meses morre vítima de coqueluche no Paraná
Uma bebê de cinco meses de idade morreu vítima de coqueluche em Curitiba, segundo confirmação da Secretaria Municipal de Saúde nesta sexta-feira (30).
Conhecida como “tosse comprida”, a coqueluche é uma doença aguda respiratória bastante contagiosa e pode ser prevenida por meio da vacinação ainda nos primeiros meses de vida.
Segundo a prefeitura, não há registro de que a vítima tivesse alguma comorbidade. Além de positivar para coqueluche, o bebê também positivou para influenza, vírus que causa a gripe.
De acordo com a secretaria, a capital não registrava mortes pela doença desde 2013.
Está é a segunda morte pela doença em Curitiba e a terceira no Paraná em 2024.
A primeira vítima foi um bebê de seis meses, natural de Londrina, no norte do estado, que morreu em julho deste ano. A segunda, foi de um bebê de três meses de idade, também em Curitiba.
Aumento de 2666% dos casos em quatro anos
Os casos de coqueluche no Paraná aumentaram 2666% desde 2021, segundo os dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), atualizados no dia 28 de agosto.
Em 2021, o estado teve nove casos e, de janeiro a agosto de 2024, há 249 registros da doença. Em 2022 foram 5 casos e 2023, 17.
Sintomas
De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas podem se manifestar em três níveis. O mais leve é parecido com um resfriado.
Os principais sinais da doença são mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Em fases mais agudas, a tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada, podendo ser tão intensa a ponto de comprometer a respiração e também de provocar vômito ou cansaço extremo.
A médica infectologista, Monica Gomes, explica que a proteção dada pela vacina é duradoura, mas não permanente e que a bactéria da coqueluche permanece em circulação.
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Em Curitiba, pessoas com sintomas podem procurar a unidade de saúde ou, em casos mais graves e urgentes, diretamente uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Outra alternativa, para casos leves, é entrar em contato pela Central Saúde Já Curitiba, pelo telefone 3350-9000, de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h; e aos sábados e domingos, das 8h às 20h.
O tratamento da coqueluche é feito com antibiótico.
Reforço na vacinação
O Ministério da Saúde publicou uma nota recomendando a maior oferta de doses depois que o número de casos no país cresceu de 216, em 2023, para 824, neste ano.
A vacinação contra a coqueluche foi ampliada de forma temporária no Brasil para públicos específicos. Entre eles, trabalhadores de berçários e creches que atendem crianças com até quatro anos de idade.
De acordo com a Sesa, o Paraná também ampliou a vacinação contra a coqueluche. Além da vacinação aplicada nas escolas, a secretaria recomenda que profissionais de saúde que atuam em áreas como obstetrícia, ginecologia, pediatria, UTI neonatal e berçários também sejam vacinados.
Além disso, o esquema vacinal básico para as crianças permanece disponível nos postos de saúde.
Fonte: G1